Fidélis,
o Talvez uma
minoria fez citação ao primeiro ano da morte do lateral-direito José Maria
Fidélis dos Santos, que morreu no dia 28 de novembro do ano passado em São José dos Campos (SP),
aos 68 anos de idade, após um câncer de estômago durante sete meses.
Fidélis media, se muito,
1,70m de altura, e esticava o cabelo com brilhantina, um cosmético em forma de
pomada, de aspecto gorduroso, usado em larga escala até nos anos 70. E vejam
que a brilhantina inspirou até o músico Raul Seixas - já falecido - em letra de
composição intitulada ‘Teddy Boy, Rock e Brilhantina’. Eis a citação da
primeira estrofe: “Eu quero avacalhar com toda turma de esquina, com meu cabelo
cheio de brilhantina”.
Fidélis,
lateral-direito dos anos 60 e 70, tinha limitações técnicas quando passava do
meio de campo. Dele não se esperava um passe alongado, drible ou cruzamento com
efeito. Valia-se da força física. Era um implacável marcador, estilo exigido
para quem atuasse naquela época na posição, com incumbência de anular antigos
ponteiros.
Isso foi
preponderante para que o treinador Vicente Feola o relacionasse entre os 22
jogadores da Seleção Brasileira à Copa do Mundo de 1966 na Inglaterra. E se lá
chegou como reserva de Djalma Santos, saiu como titular quando o treinador
modificou toda defesa na terceira partida da primeira fase contra Portugal,
escalando Manga, Fidélis, Brito, Orlando e Rildo. As modificações foram
infrutíferas e o time perdeu por 3
a 1.
Natural de São José dos Campos, nascido em
13 de março de 1944, Fidélis integrou o melhor time do Bangu de todos os tempos
em 1966. Aquele elenco protagonizou inesquecível final de Campeonato Carioca,
com goleada por 3 a
0 sobre o Flamengo até os 25 minutos do 2º tempo. Uma confusão generalizada
entre jogadores, com o flamenguista Almir Pernambuquinho como pivô, resultou no
encerramento antecipado da partida.
Na época o
Bangu mandava jogos até contra grandes clubes do Rio de Janeiro no Estádio
Proletário Guilherme da Silva, chamado de Moça Bonita. Se lá já se espremeram
17 mil pessoas no jogo contra o Fluminense em 1949, hoje, por medida de
segurança, a lotação não excede 9,5 mil pessoas.
Fidélis, que
chegou ao Bangu em 1963, estranhou a generosidade do bicheiro Castor de
Andrade, patrono do clube e já falecido, que pagava bichos aos atletas até em
treinos coletivos. Também assimilou bem o apelido de ‘Touro Sentado’,
referência a Tatanka Iyotake, índio norte-americano chefe da tribo dos sioux
hunkpapa, que viveu entre os anos 1834 e 1890.
Em fevereiro de 1969 Fidélis trocou o Bangu
pelo Vasco, e foi recompensado com a conquista do título brasileiro de 1974,
após vitória por 2 a
1 sobre o Cruzeiro, no Estádio do Maracanã, com 112.993 torcedores presentes.
Em fe
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