segunda-feira, 3 de junho de 2013


 Giovanni não soube o momento de parar

  O meia Giovanni foi mais um dos exemplos de ídolos relegados, de quem sequer teve direito a partida de despedida no Santos, após brilhante carreira como jogador de futebol. Agora, de volta ao Estado do Pará, onde nasceu no dia 4 de fevereiro de 1972, deve ter refletido que poderia ter encerrado a carreira bem antes dos 38 anos de idade, que não precisaria registrar terceira passagem pelo Santos, clube que atingiu projeção no triênio de 1994 a 1996, que implicou em transferência ao Barcelona da Espanha, onde jogou ao lado de Ronaldo e Rivaldo.

 O futebol clássico e objetivo que mostrava foi preponderante para que a remontada equipe santista embalasse e disputasse o título do Campeonato Brasileiro de 1995 contra o Botafogo (RJ). Após derrota por 2 a 1 no Estádio do Maracanã, o Santos tinha convicção que reverteria a vantagem no Estádio da Vila Belmiro, diante de 28.488 pagantes. Todavia, arbitragem danosa do mineiro Márcio Rezende Freitas impediu.

 O juizão anulou gol legítimo do atacante santista Camanducaia e ainda validou gol em posição de impedimento do centroavante Túlio Maravilha, do Botafogo. Assim, com o empate por 1 a 1, foi a equipe carioca quem levantou o caneco, ocasião em que o time do Santos contava com esses jogadores: Edinho; Marquinhos Capixaba, Ronaldo Marconato, Narciso e Marcos Adriano; Carlinhos, Marcelo Passos, Giovanni e Robert; Jamelli e Camanducaia.

 Giovanni pegava bem na bola e por isso arriscava finalizações de média distância. Também era cobrador de faltas e explorava a estatura de 1,90m para marcar gols de cabeça. Assim, com diversidade de virtudes, passou a ser convocado à Seleção Brasileira. O histórico é de 20 partidas, seis gols, participação no título da Copa América de 1997 na Bolívia e, já na Copa do Mundo da França, ano seguinte, atuou na vitória por 2 a 1 sobre a Escócia.

 Já em 1999, ao se desentender com o treinador Louis van Gaal, do Barcelona, Giovanni foi atuar no Olympiakos da Grécia, e fixado como atacante. A volta ao Brasil, novamente no Santos, deu-se em 2005 e se prolongou até dezembro de 2006, com a chegada do treinador Vanderlei Luxemburgo à Vila Belmiro, que optou por dispensá-lo.

 Giovanni ainda tinha mercado fora do país e foi jogar no Al Hilall da Arábia Saudita, sem o brilho de outrora. Ali poderia ter encerrado a carreira, mas a convite de Rivaldo, então presidente do Mogi Mirim, topou jogar no interior paulista, apesar de que a meta para encerramento de carreira era no Santos, que o recontratou em 2009, ocasião em que ele já havia trazido de Belém para a Vila Belmiro o meia Paulo Henrique Ganso.
 Um ano depois, relegado, Giovanni Silva Oliveira deixou os gramados abruptamente, irritado com a reserva. Restou a lembrança das passagens pelo trio paraense - Tuna Luso, Remo e Paysandu - e Sãocarlense no início de carreira

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