Marcelinho Carioca e a fama de ‘Pé de Anjo’
Marcelinho sempre soube ser marqueteiro. Pela
facilidade de comunicação, valorizava as entrevistas. E quando parou de jogar
encontrou espaço na TV Bandeirantes
para ser repórter esportivo, mas acertadamente percebeu que aquela não era a
sua praia e optou por outras atividades profissionais.
Se convidado ou espontaneamente, o certo é que
ingressou na política no PSB (Partido Socialista Brasileiro), e não precisou se
esforçar para obter mais de 62 mil votos quando postulou cadeira à Câmara
Federal em 2010, ocasião em que ficou entre os suplentes.
Claro que Marcelinho Carioca ficou assanhado
por mandato popular e já se contentaria se fosse eleito vereador da cidade de
São Paulo. Contudo, não foi no pleito de 2012 que atingiu o objetivo. Recebeu
exatos 19.729 votos, a maioria de torcedor corintianos em forma de gratidão
pelas passagens pelo Timão em três ocasiões.
A contragosto, Marcelinho chegou ao Parque São
Jorge em 1994, pois não pretendia deixar o Flamengo e, por extensão, o Rio de
Janeiro, cidade em que nasceu no dia 1º de fevereiro de 1971. O passe dele foi
negociado com o Valência da Espanha por US$ 7 milhões em 1997, o que
representou lucro de quase dez vezes do preço pago ao clube carioca.
No Campeonato Espanhol, o camisa sete de 1,69m
de altura, 65 quilos, nem de longe lembrou seu requintado futebol. Logo, a possibilidade
de retorno ao Brasil era real e disso se aproveitou o então presidente da
Federação Paulista de Futebol, Eduardo Farah, para investir na volta dele em um
dos grandes clubes do Estado. Foi criado o Disk Marcelinho, que consistia em
telefonemas de torcedores ao custo de R$ 3.
Claro que o corintiano se manifestou
maciçamente nos 11 dias de promoção, com 62,5% das ligações, contra 20,3% do
São Paulo, o segundo colocado. E viu-se em campo o mesmo Marcelinho decisivo,
como naquele histórico gol contra o Santos em 1998, quando ‘chapelou’ o
zagueiro Ronaldo Marconato e emendou a bola com estilo, naquele empate por 2 a 2 no Estádio da Vila
Belmiro. Três anos depois passou a se envolver em atritos, um deles com o
também meia Ricardinho, e posteriormente com o treinador Emerson Leão.
Marcelo Pereira Surgin ainda tentou ser gestor
de futebol no América de Rio Preto em 2011, mas ficou apenas cinco meses na
função. Assim, restaram boas recordações em passagens no Santos, Brasiliense e
Japão, França e Arábia Saudita.
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