segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


Eurico Miranda, uma história em livro



 Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco, estava no ostracismo até o dia 13 de dezembro passado quando autografou o livro ‘Todos Contra Ele’, no Rio de Janeiro, obra que tem a biografia do dirigente, e que foi escrita por Sérgio Frias.

 Com saudade dos holofotes, Eurico aproveitou a oportunidade para as alfinetadas características: “Só quero que não me provoquem muito. Eu tinha decidido me aposentar e cuidar dos meus netos, mas estão me provocando muito. De repente posso mudar de idéia”, foi a insinuação de que pode disputar a próxima eleição presidencial do clube cruzmaltino.

 Na presidência do Vasco e como deputado federal, Eurico ousou bateu de frente com a Rede Globo de Televisão ao exibir o logotipo do concorrente SBT nas camisas dos jogadores do Vasco, durante transmissão da ‘poderosa’ na final da Copa João Havelange de 2000, contra o São Caetano.

 Também deve constar nesta biografia sobre Eurico Miranda a criticada atitude dele ao transportar para a sua casa a receita que cabia ao seu clube de partida contra o Flamengo de 1997, pelo Campeonato Brasileiro, no Estádio do Maracanã, com vitória vascaína por 1 a 0, gol de Pedrinho.

 Detalhe: no caminho de seu apartamento Eurico foi interceptado e rendido por assaltantes que levaram o malote com o dinheiro. A mídia informou o valor de R$ 62 mil, versão contestada pelo dirigente: “Foram R$ 27 mil e pouco, e devidamente registrados”.

 Questionou-se na época por que o dirigente não fez uso de carro forte para transporte seguro, em vez da arriscada opção de confiar apenas em seguranças, no acompanhamento?

 Na época, irritado com suspeitas de situação forjada, Eurico fez questão de detalhar que os bandidos usavam colete à prova de bala e metralhadora R15. “Deram um tiro que deixou marca no asfalto. Conclusão: naquele ano o Vasco foi campeão para ‘delírio’ desses caras”.

 Outro constrangimento de Eurico Miranda foram denúncias e investigações feitas pela CPI do Futebol da Câmara, posteriormente confirmadas pela 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que em maio de 2007 o condenou a dez anos de reclusão, e ao pagamento de multa de aproximadamente R$ 53 mil por crime contra a ordem tributária.

 Segundo o Ministério Público Federal, Eurico deixou de declarar em 1999 e 2000 cerca de R$ 274 mil que teriam sido movimentados em contas de laranjas. O ex-presidente do Vasco recorreu em liberdade da decisão.

 Décadas passadas, no auge de uma comemoração vascaína, após vitória sobre o Flamengo, e com a sua habitual irreverente, Eurico destilou todo veneno contra o rival: “Não sei se tenho maior prazer numa relação sexual ou se quando ganhamos do Flamengo”.
 Eurico provoca brigas desnecessárias, tem fascinação pelo cenário político, e o reprovável hábito de enfumaçar ambientes com baforadas de seu charuto.

 

 

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