Eurico Miranda, uma história
em livro
Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco, estava
no ostracismo até o dia 13 de dezembro passado quando autografou o livro ‘Todos
Contra Ele’, no Rio de Janeiro, obra que tem a biografia do dirigente, e que
foi escrita por Sérgio Frias.
Com saudade dos holofotes, Eurico aproveitou a
oportunidade para as alfinetadas características: “Só quero que não me
provoquem muito. Eu tinha decidido me aposentar e cuidar dos meus netos, mas
estão me provocando muito. De repente posso mudar de idéia”, foi a insinuação
de que pode disputar a próxima eleição presidencial do clube cruzmaltino.
Na presidência do Vasco e como deputado
federal, Eurico ousou bateu de frente com a Rede
Globo de Televisão ao exibir o logotipo do concorrente SBT nas camisas dos
jogadores do Vasco, durante transmissão da ‘poderosa’ na final da Copa João
Havelange de 2000, contra o São Caetano.
Também deve constar nesta biografia sobre
Eurico Miranda a criticada atitude dele ao transportar para a sua casa a receita
que cabia ao seu clube de partida contra o Flamengo de 1997, pelo Campeonato
Brasileiro, no Estádio do Maracanã, com vitória vascaína por 1 a 0, gol de Pedrinho.
Detalhe: no caminho de seu apartamento Eurico
foi interceptado e rendido por assaltantes que levaram o malote com o dinheiro.
A mídia informou o valor de R$ 62 mil, versão contestada pelo dirigente: “Foram
R$ 27 mil e pouco, e devidamente registrados”.
Questionou-se na época por que o dirigente não
fez uso de carro forte para transporte seguro, em vez da arriscada opção de
confiar apenas em seguranças, no acompanhamento?
Na época, irritado com suspeitas de situação
forjada, Eurico fez questão de detalhar que os bandidos usavam colete à prova
de bala e metralhadora R15. “Deram um tiro que deixou marca no asfalto.
Conclusão: naquele ano o Vasco foi campeão para ‘delírio’ desses caras”.
Outro constrangimento de Eurico Miranda foram
denúncias e investigações feitas pela CPI do Futebol da Câmara, posteriormente
confirmadas pela 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que em maio de
2007 o condenou a dez anos de reclusão, e ao pagamento de multa de
aproximadamente R$ 53 mil por crime contra a ordem tributária.
Segundo o Ministério Público Federal, Eurico
deixou de declarar em 1999 e 2000 cerca de R$ 274 mil que teriam sido movimentados
em contas de laranjas. O ex-presidente do Vasco recorreu em liberdade da
decisão.
Décadas passadas, no auge de uma comemoração
vascaína, após vitória sobre o Flamengo, e com a sua habitual irreverente, Eurico
destilou todo veneno contra o rival: “Não sei se tenho maior prazer numa
relação sexual ou se quando ganhamos do Flamengo”.
Eurico provoca brigas desnecessárias, tem fascinação pelo cenário político, e o reprovável hábito de enfumaçar ambientes com baforadas de seu charuto.
Eurico provoca brigas desnecessárias, tem fascinação pelo cenário político, e o reprovável hábito de enfumaçar ambientes com baforadas de seu charuto.
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