segunda-feira, 22 de outubro de 2012


 

 

Maradona ainda será destronado por Messi

 

 

 Se as estatísticas estiverem corretas, o meia Lionel Messi atingiu a marca de 277 gols na carreira na goleada da seleção argentina sobre o Uruguai por 3 a 0 no feriado de 12 de outubro, quando marcou dois gols. Considerando-se que o ainda não destronado rei do futebol argentino Diego Maradona anotou 345 gols ao longo da carreira de atleta, brevemente Messi irá superá-lo.

 Eis aí uma discussão que provoca polêmica. Se Messi foi eleito três vezes consecutivas o melhor do mundo e recebe salário de R$ 2 milhões por mês no Barcelona, Maradona carregou o selecionado argentino nas costas na conquista da Copa do Mundo de 1986, no México, título ainda não conquistado por Messi, que em julho passado completou 25 anos de idade.

 Se no campo ambos ficaram marcados por dribles desconcertantes, jogadas geniais e gols antológicos, fora dele são vidas bem distintas. Enquanto Messi zela pela privacidade e não se tem registro de desatino, Maradona sempre deu motivos para ser criticado pelo comportamento inadequado para jogador de futebol.

 Neste 30 de outubro Maradona completa 52 anos de idade, e recorda da carreira de atleta iniciada aos 16 anos de idade no Argentinos Juniors, com chegada à seleção principal no ano seguinte. Por isso foi duro assimilar o duro golpe em 1978, ao ser relegado pelo técnico Cesar Luiz Menotti à Copa na Argentina, com a infundada justificativa de que era um atleta muito jovem.

 O troco veio um ano depois. Com a tarja de capitão, o meia levou o seu país ao título mundial de juniores no Japão. Em 1982, aos 22 anos, já jogava no Barcelona da Espanha, e dois anos depois no Napoli da Itália.

 Maradona ainda encantou o mundo em 1990, na Copa da Itália, embora tivesse ficado com o honroso vice-campeonato. E quando os portenhos já cometiam o despropósito de compará-lo a Pelé, surpreendentemente a Federação Italiana de Futebol o puniu com a suspensão de 15 meses, por uso de cocaína em um jogo.
 Flagrado na Argentina novamente com o pó maldito, foi digno de pena no julgamento. A sentença indicou que se submetesse a tratamento terapêutico. Adiantou? Claro que não.

 Em 1994 - radicado novamente na Argentina - prometeu reviravolta na Copa daquele ano, nos Estados Unidos, e ficou na promessa. Indicado ao exame antidoping, localizaram efedrina em sua urina. E lá se foram mais 15 meses de suspensão.

 Em 1996 ele concordou com internação em clínica suíça para viciados. Depois ainda voltou ao clube de origem - Argentinos Juniors -, quando foi registrada nova recaída às drogas em 1997.

 O escândalo, originado por cocaína, praticamente selou o fim de uma conturbada carreira, com histórico até de tiros de festins em pernas de jornalistas, para evitar o assédio e garantir privacidade em sua mansão, em Buenos Aires. Maradona ainda foi técnico da seleção argentina, porém sem sucesso.

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