Maradona ainda será
destronado por Messi
Se as estatísticas estiverem corretas, o meia
Lionel Messi atingiu a marca de 277 gols na carreira na goleada da seleção argentina
sobre o Uruguai por 3 a
0 no feriado de 12 de outubro, quando marcou dois gols. Considerando-se que o
ainda não destronado rei do futebol argentino Diego Maradona anotou 345 gols ao
longo da carreira de atleta, brevemente Messi irá superá-lo.
Eis aí uma discussão que provoca polêmica. Se
Messi foi eleito três vezes consecutivas o melhor do mundo e recebe salário de
R$ 2 milhões por mês no Barcelona, Maradona carregou o selecionado argentino
nas costas na conquista da Copa do Mundo de 1986, no México, título ainda não conquistado
por Messi, que em julho passado completou 25 anos de idade.
Se no campo ambos ficaram marcados por dribles
desconcertantes, jogadas geniais e gols antológicos, fora dele são vidas bem
distintas. Enquanto Messi zela pela privacidade e não se tem registro de
desatino, Maradona sempre deu motivos para ser criticado pelo comportamento
inadequado para jogador de futebol.
Neste 30 de outubro Maradona completa 52 anos
de idade, e recorda da carreira de atleta iniciada aos 16 anos de idade no
Argentinos Juniors, com chegada à seleção principal no ano seguinte. Por isso
foi duro assimilar o duro golpe em 1978, ao ser relegado pelo técnico Cesar
Luiz Menotti à Copa na Argentina, com a infundada justificativa de que era um
atleta muito jovem.
O troco veio um ano depois. Com a tarja de
capitão, o meia levou o seu país ao título mundial de juniores no Japão. Em
1982, aos 22 anos, já jogava no Barcelona da Espanha, e dois anos depois no
Napoli da Itália.
Maradona ainda encantou o mundo em 1990, na
Copa da Itália, embora tivesse ficado com o honroso vice-campeonato. E quando os
portenhos já cometiam o despropósito de compará-lo a Pelé, surpreendentemente a
Federação Italiana de Futebol o puniu com a suspensão de 15 meses, por uso de
cocaína em um jogo.
Flagrado na Argentina novamente com o pó maldito, foi digno de pena no julgamento. A sentença indicou que se submetesse a tratamento terapêutico. Adiantou? Claro que não.
Flagrado na Argentina novamente com o pó maldito, foi digno de pena no julgamento. A sentença indicou que se submetesse a tratamento terapêutico. Adiantou? Claro que não.
Em 1994 - radicado novamente na Argentina -
prometeu reviravolta na Copa daquele ano, nos Estados Unidos, e ficou na promessa.
Indicado ao exame antidoping, localizaram efedrina em sua urina. E lá se foram
mais 15 meses de suspensão.
Em 1996 ele concordou com internação em
clínica suíça para viciados. Depois ainda voltou ao clube de origem -
Argentinos Juniors -, quando foi registrada nova recaída às drogas em 1997.
O escândalo, originado por cocaína,
praticamente selou o fim de uma conturbada carreira, com histórico até de tiros
de festins em pernas de jornalistas, para evitar o assédio e garantir
privacidade em sua mansão, em Buenos
Aires. Maradona ainda foi técnico da
seleção argentina, porém sem sucesso.
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