Se o texto em questão dissertasse exclusivamente sobre o centroavante Célio Taveira, jogador de Vasco, Nacional do Uruguai e Corinthians, entre as décadas de 60 e 70, o interesse seria relativo e muitos questionariam quem é esse Célio, apesar de ter jogado em grandes clubes?
É possível alinhavar o período de Célio jogador a fatos relevantes ao acervo do futebol. Primeiro porque a sua carreira foi iniciada em 1961 no Jabaquara, na cidade de Santos, clube que sete depois extinguiu atividades profissionais, voltando apenas em 1977.
Pois esse Jabuca, como é conhecido, tem histórico de vitória sobre o Santos de Pelé, Pagão e Pepe no Estádio da Vila Belmiro por
Célio Taveira era o típico centroavante de área. Dotado de boa compleição física, sabia proteger bem a bola e, no giro, finalizava indistintamente quer com a direita, quer com a canhota. Também tinha bom aproveitamento no jogo aéreo e era cobrador de faltas.
No arquivo de memória do Vasco consta que Célio, nascido em Santos em outubro de 1940, teve passagem pela Ponte Preta, sem especificar o período. A trajetória de quatro anos no clube cruzmaltino, a partir de 1963, o colocou como o principal artilheiro da agremiação naquela década, com exatos 100 gols. Inicialmente foi companheiro de ataque do gaúcho Saulzinho.
Naquele período Célio atuou com alguns jogadores que já falecidos como o zagueiro Fontana, volante Maranhão, meia Lorico e atacante Sabará, cujo nome de batismo era Onofre Anacleto de Souza.
Em 1965 Célio atingiu o auge na carreira com o título da 1ª Taça Guanabara, competição criada para definir o representante do antigo Estado da Guanabara na Taça Brasil, e passou a ser considerada o primeiro turno do Campeonato Carioca. Naquela ocasião, o atacante vascaíno foi artilheiro e acabou recompensado com a primeira convocação à Seleção Brasileira, participando de jogos contra a Alemanha, Pais de Gales e Argentina.
Ano seguinte ele começava a trajetória no Nacional de Montevidéu, clube em que conquistou o título nacional de 1969, e marcado por abrigar jogadores de destaque do futebol brasileiro como o goleiro Manga e zagueiro Domingos da Guia. Informações não oficiais citam que no Uruguai Célio conciliou atividade de radialista, comandando programa musical.
O atacante continuou em evidência até 1970, no Corinthians, quando participou de 26 partidas e apresentou histórico de quatro gols. Depois disso surgiu informação que desde 1976 está radicado na Paraíba,