Arce, bom jogador fracassa como treinador
Na Copa do Mundo de 2010, o Paraguai foi
despachado nas quartas-de-final ao ser derrotado por 1 a 0 para a infernal Espanha,
que posteriormente conquistaria o título da competição. Ano passado, na Copa
América, coube ao Paraguai eliminar o Brasil na definição através dos pênaltis.
E até pouco antes do início das Eliminatórias Sul-Americanas, logo em seguida,
o selecionado paraguaio era tido como um dos mais cotados para garantir
classificação ao Mundial de 2014 no Brasil.
Coincidentemente naquele momento Gerardo
Martino deixava o comando daquela seleção e o escolhido para substitui-lo foi o
ex-lateral-direito Arce, que em 2006 iniciou a carreira após pendurar as
chuteiras como atleta no Club Libertad do Paraguai.
Precipitação. Arce não estava preparado para
tamanha atribuição. Perdeu na estréia fora de casa para o Peru por 2 a 0. Nos jogos subseqüentes
em casa empatou com o Uruguai por 1
a 1 e venceu o Equador por 2 a 1.
Foi só. As derrotas consecutivas para Chile
por 2 a 0
e Bolívia por 3 a
1 foram determinantes para a sua demissão. Aí o time entrou em parafuso e
perdeu seus últimos dois jogos para Argentina por 3 a 1 e Venezuela por 2 a 0, em casa, ficando na
lanterna com 4 pontos, superado até pela fraca Bolívia.
Entretanto fica preservada a brilhante imagem
que o paraguaio Francisco Javier Arce construiu como jogador, com início no
Cerro Portenho. Os brasileiros passaram a conhecê-lo a partir de 1995, quando
se transferiu para o Grêmio portoalegrense, e participou daquele projeto que
culminou com a conquista da Libertadores da América no dia 30 de agosto daquele
temporada, num time formado por Danrlei; Arce, Adílson Batista, Rivarola e
Roger: Dinho, Luiz Carlos Goiano, Arílson e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Jardel.
Na época o treinador gremista era Luiz Felipe
Scolari, que determinou três incumbências para o então lateral paraguaio:
cobrador oficial de faltas, de pênaltis e de levantamentos milimétricos na
cabeça do atacante Jardel. Arce pegava bem na bola.
Nas cobranças de faltas frontais e nas
proximidades do gol adversário, o chute de curva encobria a barreira e
geralmente não dava chance de defesa para os goleiros. Arce também fez alguns
golzinhos com bola rolando.
Em 1997, quando Scolari se transferiu para o
Palmeiras, tratou de levá-lo. E no Verdão foi mantido o estilo consagrador, e
com novo gostinho de conquista de Libertadores em 1999. Três anos depois a
maior decepção como atleta com o rebaixamento do Palmeiras à Série B do
Campeonato Brasileiro, num time formado por Marcos; Arce, Alexandre, César e
Rubens Cardoso; Flávio, Paulo Assunção, Pedrinho e Zinho; Itamar e Munhoz.
Depois disso Arce ainda foi jogar no Osaka do
Japão, assim como consta em seu currículo de atleta participações nas Copas de
1998 e 2002 pela equipe paraguaia.
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