segunda-feira, 17 de setembro de 2012


Arce, bom jogador fracassa como treinador

 
 Na Copa do Mundo de 2010, o Paraguai foi despachado nas quartas-de-final ao ser derrotado por 1 a 0 para a infernal Espanha, que posteriormente conquistaria o título da competição. Ano passado, na Copa América, coube ao Paraguai eliminar o Brasil na definição através dos pênaltis. E até pouco antes do início das Eliminatórias Sul-Americanas, logo em seguida, o selecionado paraguaio era tido como um dos mais cotados para garantir classificação ao Mundial de 2014 no Brasil.

 Coincidentemente naquele momento Gerardo Martino deixava o comando daquela seleção e o escolhido para substitui-lo foi o ex-lateral-direito Arce, que em 2006 iniciou a carreira após pendurar as chuteiras como atleta no Club Libertad do Paraguai.

 Precipitação. Arce não estava preparado para tamanha atribuição. Perdeu na estréia fora de casa para o Peru por 2 a 0. Nos jogos subseqüentes em casa empatou com o Uruguai por 1 a 1 e venceu o Equador por 2 a 1.

 Foi só. As derrotas consecutivas para Chile por 2 a 0 e Bolívia por 3 a 1 foram determinantes para a sua demissão. Aí o time entrou em parafuso e perdeu seus últimos dois jogos para Argentina por 3 a 1 e Venezuela por 2 a 0, em casa, ficando na lanterna com 4 pontos, superado até pela fraca Bolívia.

 Entretanto fica preservada a brilhante imagem que o paraguaio Francisco Javier Arce construiu como jogador, com início no Cerro Portenho. Os brasileiros passaram a conhecê-lo a partir de 1995, quando se transferiu para o Grêmio portoalegrense, e participou daquele projeto que culminou com a conquista da Libertadores da América no dia 30 de agosto daquele temporada, num time formado por Danrlei; Arce, Adílson Batista, Rivarola e Roger: Dinho, Luiz Carlos Goiano, Arílson e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Jardel.

 Na época o treinador gremista era Luiz Felipe Scolari, que determinou três incumbências para o então lateral paraguaio: cobrador oficial de faltas, de pênaltis e de levantamentos milimétricos na cabeça do atacante Jardel. Arce pegava bem na bola.

 Nas cobranças de faltas frontais e nas proximidades do gol adversário, o chute de curva encobria a barreira e geralmente não dava chance de defesa para os goleiros. Arce também fez alguns golzinhos com bola rolando.

 Em 1997, quando Scolari se transferiu para o Palmeiras, tratou de levá-lo. E no Verdão foi mantido o estilo consagrador, e com novo gostinho de conquista de Libertadores em 1999. Três anos depois a maior decepção como atleta com o rebaixamento do Palmeiras à Série B do Campeonato Brasileiro, num time formado por Marcos; Arce, Alexandre, César e Rubens Cardoso; Flávio, Paulo Assunção, Pedrinho e Zinho; Itamar e Munhoz.

 Depois disso Arce ainda foi jogar no Osaka do Japão, assim como consta em seu currículo de atleta participações nas Copas de 1998 e 2002 pela equipe paraguaia.

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