segunda-feira, 25 de outubro de 2010

50 anos de Diego Maradona

Uma verdade que o brasileiro tem que reconhecer: Diego Armando Maradona foi o segundo melhor jogador de futebol do mundo de todos os tempos. E ao completar 50 anos de idade neste 30 de outubro, o argentino deveria refletir que poderia ter evitado muitas polêmicas, que empanaram um pouco o brilho de sua carreira de 692 jogos oficiais e 353 gols.
Como o ídolo serve de espelho aos fãs, pega mal o envolvimento dele com drogas. Em 1990, quando jogava no Napoli, a Federação Italiana de Futebol o puniu com suspensão de 15 meses por uso de cocaína em um jogo. Flagrado também na Argentina com o pó maldito, a sentença indicou que se submetesse a tratamento terapêutico.

Adiantou? Claro que não. Em 1994 - radicado novamente na Argentina - prometeu reviravolta na Copa dos Estados Unidos. Promessa apenas. Bastou ser indicado ao exame antidoping para que localizassem efedrina em sua urina. E lá se foram mais 15 meses de suspensão.

Em 1996 ele concordou com internação em uma clínica para reabilitação de viciados na Suíça, e projetava assinar alguns bons contratos em clubes argentinos e equatorianos. Um ano depois se envolveu no terceiro escândalo de doping, por cocaína, quando jogava no Argentino Junior. Assim decretou o fim da carreira como jogador, e continuou a fase de turbulência com a separação conjugal.
Amigo do ex-presidente cubano Fidel Castro, concordou com internação em clínica de reabilitação de Havana, em 2000. Depois, submeteu-se a uma cirurgia para redução de estômago, que implicou na perda de 27 quilos. A recompensa foi a recuperação da auto-estima, contrato como apresentador de programa de televisão, projeto para lançamento de um livro sobre a sua vida, e o comando técnico da seleção argentina para as Eliminatórias e Copa do Mundo de 2010. Aí viu-se um Maradona com a velha irreverência, ao afirmar que desfilaria pelado pelas ruas de Buenos Aires caso o seu selecionado conquistasse o título.
Melhor, então, ficarmos com a bela história de ‘cracasso’ de bola, que começou a ser construída aos 16 anos de idade no Argentino Junior. Aos 17 anos já integrava a seleção argentina, e no ano seguinte foi injustiçado pelo técnico Cesar Luiz Menotti, que não o convocou à sua seleção à Copa do Mundo de 1978, com a infundada justificativa de que era um atleta muito jovem.
O troco veio um ano depois. Com a tarja de capitão, levou seu país ao título mundial de juniores, no Japão. Em 1982, com 22 anos, jogava no Barcelona, da Espanha. A partir de 1984 encantou o mundo com a camisa do Napoli, da Itália. Assim, não foi surpresa quando carregou sua seleção nas costas na Copa de 1986, no México, levando-a ao bicampeonato mundial. Em 1990, na Copa da Itália, quase repetiu o feito com jogadas geniais, e saiu com o honroso vice-campeonato.

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