segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Um 2010 diferente

Anos atrás a TV Globo exibia um criativo slogan de campanha publicitária de final de ano sugerindo ao telespectador que “tente, invente, faça um ano novo diferente”. Façamos, então, um 2010 diferente com participação mais incisiva de você, do outro lado do balcão. Sugira a pauta, critique, peça recapitulação de artigos e acrescente detalhes não revelados através do e-mail ariovaldo-izac@ig.com.br. Façamos, juntos, esta coluna Reminiscência, combinado?
Este janeiro marca 11 anos ininterruptos da coluna Reminiscência, e alguns veículos da mídia impressa atravessaram a década como fiéis parceiros. Neste período contamos histórias de craques como Tostão, Clodoaldo, Gérson, Garrincha, Pelé, Sócrates, Júnior, Zico e centenas de outros ídolos do passado. Com isso saciamos curiosidades principalmente de jovens que não os viram nos gramados. Eles depararam com fatos surpreendentes, engraçados e insólitos. A velha guarda, que vivenciou aqueles doces momentos do futebol, admirou os toques de calcanhar do doutor Sócrates, a genialidade de Zico, viu um Casagrande como centroavante goleador e condenou precipitados cronistas esportivos que compararam Toninho Cerezo a um "peladeiro" até pouco antes da Copa do Mundo de 1982, na Espanha.
Caso de beijo na boca entre jogadores foi lembrado. Deliciosas histórias de trocadilhos propositais do imortal Vicente Matheus - presidente do Corinthians - ganharam destaque. Para ele, o volante Biro-Biro era Lero-Lero. Também foi capaz de projetar a junção das cervejarias Antarctica e Brahma - a AmBev -, quando sugeriu que trouxessem umas "braminhas da Antarctica" para o seu "Curíntia" comemorar uma festa.
Histórias de zagueiros fantásticos no futebol gaúcho foram igualmente recontadas. O Inter (RS) foi "abençoado" na década de 70 com o futebol do chileno Elias Figueiroa. O Grêmio foi sortudo ao buscar no Uruguai o zagueiro-cantor Anchieta.
Treinadores renomados ou não que davam péssimo exemplo com baforadas de cigarros em bancos de reservas foram “caguetados”. Técnicos vencedores como Telê Santana foram esmiuçados. A coluna recapitulou ainda histórias dos tempos em que as traves eram feitas com balizas de madeira, quando os árbitros só usavam uniformes integralmente pretos.
Zenon de Souza Farias, catarinense de Tubarão que em meados da década de 80 foi buscar petrodólares na Arábia Saudita, está na pauta dos personagens em foco para este ano. Zenon, que fez sucesso no Guarani, Corinthians e Atlético Mineiro, hoje comenta futebol na TV Século XXI, com sede em Valinhos (SP). Ainda falta focalizar dezenas de outros atletas consagrados do passado, mas sempre haverá espaço para recapitulação de boas biografias neste amigável passeio semanal. O diferencial, agora, é a proposta para que essas histórias não sejam contadas apenas pelas mãos do jornalista. Que tal você interagir com Reminiscência? Você pode sugerir e sobretudo apontar eventuais erros. Quem viaja no tempo junta peças de quebra-cabeça e às vezes não consegue montá-lo adequadamente.
A rigor, muita vezes o cérebro trava e a gente sequer lembra do "zoião" digerido no almoço. Portanto, juntos, caminharemos melhor em 2010.
ariovaldo-izac@ig.com.br

Nenhum comentário: