domingo, 29 de setembro de 2024

Mais de três anos sem o volante Gilmar Fubá

Você aí, 'vendendo' saúde, que 'chorominga' por causa de um tropecinho aqui e outro acolá, de certo deixa de refletir sobre os designos da vida. Então observe a história daquilo que foi formoso transformar-se em desafio à sobrevivência, por fim curvando-se à fatalidade.

Pois enquadra-se nesta história o saudoso volante Gilmar Fubá, que integrava o grupo de jogadores comandados pelo treinador Nelsinho Baptista no título paulista do Corinthians de 1997, assim como no elenco vitorioso na conquista do primeiro título mundial da agremiação em 2000.

Naquela decisão contra o Vasco, no Estádio Maracanã, diante de 73 mil pessoas, prevaleceu empate sem gols no tempo normal e prorrogação, ocasião que o Timão venceu nas disputas através das cobranças de pênalti, neste time: Dida; Índio, Adílson Batista, Fábio Luciano e Kléber; Vampeta, Rincón, Ricardinho e Marcelinho Carioca; Edílson e Luizão.

Tudo mudou na vida dele a partir de 2016, com o diagnóstico de um câncer na medula óssea, já em processo avançado. Um ano depois, tido como curado da enfermidade, a volta do 'pesadelo', caracterizado como duelo incrivelmente mais difícil daqueles enfrentados nos gramados. E assim a doença se estendeu até 2021, quando a miolema múltipla o derrotou naquela incrível batalha, levando-o a óbito.

Se aquela batalha para preservação da saúde foi vencida, a juventude abriu-lhe destaque no futebol, a partir do 'terrão' do Corinthians, quando mostrou vocação como volante e integrou o grupo de profissionais a partir de 1995.

No Corinthians ficou marcado durante cinco anos pela capacidade de desarme à adversários, ou então a opção de 'picotar' jogadas. Fora dos gramados, a caraterística extrovertida alegrava o ambiente. Dali seguiu para Fluminense, Portuguesa, Schalke 04 da Alemanha, Hundai da Coréia do Sul, Criciúma e Al-Ahli do Cotar, até passar por clubes de menor cotação técnica como Rio Branco de Americana, Noroeste de Bauru, Portuguesa Santista e Juventus na disputa da Série A3 do Paulista, porém alternando retorno a clubes do exterior.

Por que Fubá? Se faltava a devida explicação para o apelido, a pobreza na infância, no bairro São Matheus, da capital paulista, implicou na preparação da madeira preparada com fubá pela mãe, para substituir o leite, produto tido como caro pra uma família então carente, como a dele.

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