No passado, bastava a citação do prenome ou apelido do atleta para que fosse identificado, desde que a referência fosse procedida da posição. Foi assim com o lateral-direito Chiquinho quando chegou ao juvenil do Guarani em 1977, e persistiu no transcorrer da carreira, com passagens em grandes clubes.
Hoje, com o prevalecimento de nomes compostos ou apelidos com complementos, não caberia apenas a citação Chiquinho para Francisco da Silva Júnior, natural de Paulínia (SP), com aparição no profissional do Guarani em 1980, e prolongamento na carreira por mais 16 anos, encerrada justamente na rival Ponte Preta.
Ficou pouco tempo no Guarani e acabou emprestado ao América (RJ), até que o saudoso treinador Carlos Castilho apostou no estilo dele de forte marcação, velocidade no arranque com a bola ao ataque e chutes potentes para levá-lo ao Santos em 1983, pois ambos haviam trabalhado em Campinas.
No elenco santista, ele correspondeu plenamente. Participou da conquista do título paulista na temporada seguinte, naquela campanha liderada de começo ao final, culminando com a vitória sobre o Corinhians por 1 a 0, na decisão de título em dois de dezembro, no Estádio do Morumbi, com público de 111.345 pagantes, neste time: Rodolfo Rodrigues; Chiquinho, Márcio Rossini, Toninho Carlos e Toninho Oliveira (Gilberto Sorriso); Dema, Paulo Isidoro, Humberto e Lino; Sérginho Chulapa e Zé Sérgio (Mário Sérgio).
Dois anos depois, após rápida passagem pelo Juventus, retomou a trajetória em grandes clubes. Teve a incumbência de substituir Nelinho no Atlético Mineiro, ocasião que se tornou cobrador de pênaltis e sagrou-se campeão mineiro em 1988. E ainda jogou na Portuguesa antes de seguir para o futebol gaúcho, na pior fase da carreira. No Inter, além de performances aquém de suas possibilidades, participou de campanha em que o clube quase foi rebaixado do Brasileirão de 1989.
Apesar disso, o Grêmio apostou que ele ainda pudesse se redimir, o contratou, mas na prática ele se afundou junto com o clube na temporada de 1991, com término daquela competição nacional na lanterna. Aí, antes do encerramento da carreira, aos 35 anos de idade, rodou por clubes como Ituano, Noroeste e Remo (PA) e Ponte. Ele ainda tentou ser comerciante, mas a ligação ao futebol o levou à função de técnico nas categorias de base de clubes.
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