domingo, 28 de abril de 2024

Goleiro Edinho, filho do saudoso 'rei' Pelé

Filho de peixe peixinho é? Nem sempre! E filho de rei é príncipe? Não necessariamente. Principalmente quando se transporta a monarquia para o futebol. Exemplo cristalino foi o saudoso 'rei' Pelé, que incentivou o filho Edinho a seguir os caminhos dourados da bola, mas o rapaz não aprendeu a lição de casa e arrumou um jeito de se enfiar no meio como goleiro.

Aí, a estatura em torno de 1,80m de altura já contrariava a exigência fundamental para posição, acima de 1,85m. Além disso, foi daqueles goleiros que os torcedores de seu clube rezavam para que o adversário não chutasse bola ao gol, assim como se assustavam quando alçada contra a área dele. Logo, apesar de se manter como titular do Santos, no início de carreira, só resistiu na carreira por cerca de sete a oito anos, nas passagens por Portuguesa Santista, São Caetano e Ponte Preta em 1998, quando torcedores esfregavam as mãos nas tais bolas defensáveis que entravam.

Se Edinho não prosperou como goleiro, no 'blá-blá-blá' driblava com facilidade o pai. Se foi difícil notar diferença nas vozes de ambos, Edson Cholds Nascimento provou mais desembaraço para se expressar. Enquanto Pelé não se denvinculava do trissílabo 'entende', o filho discursava com palavras bem encaixadas e recurso a vocábulos. Vê-se, logo, que tem cultura geral.

E quem imaginou Edinho como adolescente 'pidão', que fazia estravagância com a grana do 'velho', ele confessou que desde os 16 anos de idade já garantia o auto-sustento, embora nos tempos de Ponte Preta estacionava seu Jeep importado no pátio do Estádio Moisés Lucarelli, num contraste do luxo com a simplicidade, pois era notado, logo em seguida, de chinelo havaianas, camiseta de treino para fora do calção e carregando cones para o bagageiro do ônibus que conduzia os atletas para treinar em gramados na região de Campinas.

 Aos 28 anos de idade decidiu encerrar a carreira de atleta e administrar empresas da família, mas por pouco tempo. É que, ao se envolver com pessoas ligadas ao tráfico de drogas, acabou na prisão. Todavia, na sequência o futebol lhe deu nova chance, desta feita como treinador do Água Santa, Mogi Mirim e coordenador das categorias de base do Santos.

No litoral paulista participa de peladas com amigos e mata a vontade de jogar no ataque, como fazia nos rachões, nos tempos de atleta profissional.





 


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