domingo, 21 de maio de 2023

Onze anos sem o treinador Chico Formiga

Se o Corinthians situa-se na zona do rebaixamento do Brasileirão, nesta última semana do mês de maio de 2023, a história mostra que incontáveis vezes soube reagir à crises e dar a volta por cima. Um dos exemplos claros foi em 1987, quando terminou o primeiro turno do Paulistão na antepenúltima colocação, à frente de Bandeirantes de Birigui e Novorizontino, e disparou na pontuação do segundo turno, chegando à final daquela competição, mas se rendendo ao São Paulo, que ficou com o título.

A árdua missão de fazer o time corintiano pontuar coube ao saudoso treinador Chico Formiga, que embalou sequência de vitórias. A rigor, ele havia enfrentado e vencido situação igualmente desconfortante ao assumir pela primeira vez o comando dos profissionais santistas em 1978, após noite de quebradeira no Estádio do Pacaembu, quando cerca de 20 mil santistas se revoltaram na derrota por 2 a 1 para o Operário de Campo Grande (MS), pelo Campeonato Brasileiro, e tiveram ousadia de enfrentar policiais.

Ainda naquela temporada, ao apoiar a garotada batizada de 'Meninos da Vila', como Pita, Juary, Nílton Batata e João Paulo, entre outros, levou a equipe à conquista do título paulista. E o sucesso se estendeu no São Paulo em 1981, quando conquistou o título paulista, num timaço com Waldir Peres; Getúlio, Oscar, Dario Pereyra e Marinho Chagas; Almir, Heriberto e Renato Morungaba; Paulo César Capeta, Serginho Chulapa e Mário Sérgio.

Logo, a recompensa do trabalho foi um contrato em ‘petrodólares’ na Arábia Saudita, até que em 1983 já estava novamente no Santos, e 'andança' por outros clubes, como o América Mineiro no título regional de 1993, Palestra de São Bernardo e Catanduvense. Isso associado à carreira vitoriosa de jogador, a partir de 1950 no Santos, quando de volante clássico foi adaptado à zaga. Sete anos depois foi jogar no Palmeiras, e participou da vitória por 7 a 6 contra o ex-clube em 1958, com 43.068 pagantes no Estádio do Pacaembu.

De volta ao Santos em 1960, o mineiro de Araxá Francisco Ferreira Aguiar participou do período áureo da era Pelé, com títulos da Libertadores e Mundial de Clubes em 1962 e 63, quando deu por encerrada a carreira de atleta. Logo, coube essa recapitulação porque ele levantou um Corinthians em situação idêntica à atual, e que em 22 de maio de 2012, aos 81 anos de idade, o coração dele parou de bater.

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