domingo, 14 de maio de 2023

Corinthians influencia no símbolo de porco ao Palmeiras

De certo, parte significativa dos palmeirenses desconhece a origem do 'porco' ter se transformado no mascote do clube. Há duas versões para a história. A primeira, sem a devida ressonância, remonta os tempos da Segunda Guerra Mundial, de 1939 a 1945, quando italianos eram chamados sarcasticamente de porcos, e por extensão isso foi associado ao Palmeiras, devido à forte influência daquela colônia no clube.

O segundo e principal motivo foi decorrente da recusa do Palmeiras em abrir exceção ao Corinthians para inscrições de dois jogadores, visando reposição do elenco em fase decisiva do Campeonato Paulista de 1969, devido à perda dos titulares Lidu e Eduardo, mortos em acidente de automóvel no dia 28 de abril daquele ano, na Marginal Tietê, capital paulista.

À época, ambos voltavam de um restaurante após jogo contra o São Bento, quando o veículo Fusca, dirigido pelo então lateral-direito Lidu, recém habilitado, trafegava em trecho de precária iluminação, colidiu em guias jogadas no asfalto, resultando em capotamento. Em consequência, ambos foram arremessados para fora do veículo, vitimados com traumatismo craniano, e tiveram mortes instantâneas. Além disso, pessoas 'desalmadas' que passaram pelo local, mesmo com vítimas estendidas no chão, saquearam relógios, carteiras e demais objetos, antes da chegada da equipe de socorro.

Na ocasião, apesar de os clubes quase que unanimemente concordarem com precedente para abertura de novas inscrições ao Corinthians, o Palmeiras, através de seu presidente Delffino Facchina, foi contra. E aquela postura irritou o saudoso mandatário corintiano Wadih Helu que, ao desabafar, chamou o rival de porco, seguido pelos seus torcedores que, no confronto seguinte entre esses rivais, soltaram um porco no Estádio do Morumbi antes do jogo, e aí o apelido pegou, mas só reconhecido pelo Palmeiras em 1983, quando o símbolo do animal foi adotado devido à adesão de torcidas organizadas do clube, aposentando-se, consequentemente, o anterior: o periquito.

Em outubro de 1986, pela primeira vez foi ouvido na arquibancada da torcida palmeirense o grito 'dá-lhe porco', em duelo contra o Santos. O entusiasmo aumentou na partida subsequente diante do São Paulo, no Estádio do Morumbi, ocasião que torcedores levaram um porco vivo ao gramado, e desfilaram com fantasias e bandeiras do novo mascote.

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