domingo, 4 de dezembro de 2022

Gil Baiano chegou até a Seleção Brasileira

Oriundo das categorias de base do Guarani, quando o lateral-direito Gil Baiano estreou na equipe principal, em 25 de outubro de 1987, na vitória sobre a Portuguesa por 2 a 0, a mídia de Campinas ficou dividida entre identificá-lo apenas pelo apelido de Baiano - como havia sido a trajetória nos juniores - ou atender apelo da diretoria do clube para acrescentar também o apelido Gil, do nome José Gildásio Pereira de Matos.

Prevaleceu o desejo dos cartolas, e em seis jogos subsequentes ele foi mantido como titular pelo saudoso treinador Pedro Rocha. A chance ocorreu porque Ricardo Rocha, que ocupava a posição, foi remanejado ao miolo de zaga, para formar dupla com Gílson Jader, o que implicou na saída da equipe do central Valdir Carioca.

Como na sequência Pedro Rocha efetivou o saudoso Giba na lateral-direita, Gil Baiano perdeu espaço no Guarani, e o Bragantino reservou-lhe chance de recomeço na carreira, para colocar em prática rápida transição ao ataque e chutes fortes à meta adversária, inclusive em cobranças de faltas. Assim, no biênio 1990/91, conquistou o inédito título do Paulistão e vice do Brasileirão, o que serviu para abrir-lhe as portas da Seleção Brasileira e registrar participação em sete jogos.

Assédio de grandes clubes foi sintomático e prevaleceu o Palmeiras na era Parmalat, por indicação de Vanderlei Luxemburgo, que havia sido treinador dele no Bragantino. Assim, juntos, sagraram-se campeões do Brasileirão de 1993, sobre o Vitória da Bahia, num time formado por Sérgio; Gil Baiano, Antonio Carlos, Cléber e Roberto Carlos; César Sampaio, Mazinho, Edílson e Zinho; Edmundo e Evair.

Depois de passagens por agremiações como Vitória e Paraná Clube, Gil Baiano jogou até no Sporting de Portugal, para na sequência entrar na estrada da volta em clubes de menor expressão, com episódio de suspensão por seis meses, em 1998, porque exame antidopagem acusou a substância proibida femproporex.

Gil Baiano encerraria a carreira em 2002, após sua terceira passagem pelo Bragantino, mas decidiu retomá-la quatro anos depois no Ceilândia (DF), aos 40 anos de idade. Agora, aos 56 anos, completados em três de novembro passado, está aposentado do futebol após atuar em comissões técnicas, com registro de experiências como auxiliar-técnico de Bragantino e Atibaia, e comando do sub-20 do Comercial de Ribeirão Preto.

Nenhum comentário: