quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Dinho, volante que conquistou o tri da Libertadores

Ex-volante Dinho, dos tempos de São Paulo, Santos e Grêmio nos anos 90 e até a virada do século, foi um botinudo assumido, tanto que no futebol gaúcho foi apelidado de 'cangaceiro dos pampas', por causa de suas chegadas duras, por vezes violentas em adversários. Boleiros que ousassem fazer 'gracinhas' em cima dele, recebiam botinadas. “Se o 'cara' fosse em direção ao gol, tudo bem, mas pedalar por pedalar na minha frente levava machadada”, confessou.

A fama de truculento ficou caracteriza na passagem pelo Grêmio, por influência do treinador Luiz Felipe Scolari - o Felipão -, quando foi fixado como primeiro volante, com atribuição de cobrir defensores e se transformar em 'cão de guarda', estilo que contrasta com os tempos de São Paulo, quando qualificava a saída de bola, chegava ao ataque com chute forte de fora da área e participava de cobranças faltas.

Com essa mesclagem de estilo, teve a carreira premiada com conquistas de títulos significativos. No São Paulo, na era do saudoso treinador Telê Santana, foi bicampeão quer da Libertadores, quer do Mundial de Clubes, no biênio 1992/93, sendo que no último ano de clube ainda foi relacionado à Seleção Brasileira e jogou uma vez. Das 113 partidas pelo Tricolor, marcou 12 gols.

No Grêmio, a partir de 1994, os títulos foram pela Copa do Brasil, Libertadores da América, Recopa Sul-Americana e Campeonato Brasileiro. Apesar do currículo, foi estranha a forma com que foi dispensado do clube em 1998, através de telefonema, com justificativa de peso da idade e proposta de rejuvenescer o elenco. Aí, ele foi para o América Mineiro e a trajetória como atleta foi encerrada no Novo Hamburgo, no interior gaúcho, em 2002.

Entre São Paulo e Grêmio, ele teve passagem efêmera e discretíssima pelo Santos. A carreira de atleta foi iniciada em 1985 no Confiança de Aracaju (SE), e de lá seguiu para o Sport (PE), até que em 1990 foi jogar no futebol espanhol, no Deportivo La Coruña. Anos depois do último estágio como atleta no Novo Hamburgo, iniciou trajetória como treinador no Luverdense (MT) e ainda trabalhou nas categorias de base do Grêmio. Foi quando fixou residência em Porto Alegre e chegou a postular ingresso na carreira política, propagando o nome de registro de Edi Wilson José dos Santos, sergipano de Neópolis, nascido em 15 de outubro de 1966.

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