domingo, 17 de julho de 2022

Dez anos sem o goleiro Orlando Gato Preto

 Este 19 de julho marca o décimo ano da morte do goleiro Orlando Gato Preto’. Ele ficou quatro meses internado na capital paulista, vítima de um AVC (acidente vascular cerebral), quando faltavam seis dias para completar 67 anos de idade. Ele foi rotulado de pegar bolas defensáveis, mas de vez em quando algumas impossíveis, no período em que ficou na Portuguesa de Desporto de 1963 a 1974, sendo que no quadriênio, a partir 1964, participou do revezamento na meta com o também saudoso Félix, mas em excursão pelos Estados Unidos ambos atuaram juntos na goleada por 12 a 1 sobre o Massachusetts, quando Félix foi jogar de centroavante a partir do nono gol e marcou o décimo.

Na época, treinadores tinham hábito de intercalar goleiros a cada partida, quando havia semelhança do nível técnico entre ambos. Assim, o carioca Orlando Alves Ferreira só foi fixado como titular com a transferência de Félix ao Fluminense, que ali chegou à Seleção Brasileira e foi tricampeonato mundial na Copa de 1970.

Orlando atuou quando eram raros goleiros negros. Exemplos marcantes se resumiram a Barbosa, Veludo, Barbosinha, Ubirajara Alcântara, Mão de Onça. Dimas Monteiro, Tobias e Jairo. Ubirajara, de Flamengo e Botafogo (RJ), foi eleito pelo júri do programa de televisão ‘Discoteca do Chacrinha’ o negro mais bonito do Brasil em 1971. Ele também entrou para a história do futebol como o primeiro goleiro a marcar gol, na passagem pelo Flamengo contra a Portuguesa (RJ), quando chutou a bola de sua área, que empurrada pelo forte vento traiu o goleiro adversário.

Barbosa, que morreu em 2000 e ídolo do Vasco, ficou marcado pelo gol sofrido na derrota da Seleção Brasileira por 2 a 1 para o Uruguai, na final da Copa do Mundo de 1950, no Estádio do Maracanã, em conclusão do saudoso atacante Ghiggia, enquanto Barbosinha esquentou o banco de reservas do Timão até 1967, quando foi fixado como titular. Um ano depois, taxado de frangueiro por torcedores, deixou o clube.

Diferentemente dele, Tobias e posteriormente Jairo foram bem-sucedidos no Corinthians na década de 70. Tobias marcou época no time de 1974 a 1980, após passagens recomendáveis no interior paulista por Noroeste e Guarani. Depois veio de Maceió o baixinho César, de qualidades técnicas discutíveis. Apesar disso, foi bicampeão paulista em 1982/83, no período da democracia corintiana.


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