domingo, 24 de julho de 2022

Adeus ao ex-quarto-zagueiro Ademir Gonçalves

 De corações dilacerados ficaram o ex-vereador barbarense Gustavo Bagnoli Gonçalves e seu irmão Bruno Gonçalves com a perda dos pais de um dia para o outro. Durante o velório do ex-quarto-zagueiro Ademir Gonçalves, neste 22 de julho, a esposa dele, Elizabeth Bagnoli Gonçalves, passou mal, foi encaminhada a hospital de Santa Bárbara d'Oeste, e morreu vítima de infarto.

A morte de Ademir Gonçalves, com passagem pelo Corinthians na década de 70, aos 75 anos de idade, nos remete a irreverência do saudoso presidente do clube Vicente Matheus, que impiedosamente o dispensou em 1978, de forma franca e direta, justificando que havia contratado o uruguaio Taborda. “Você não vai ficar aqui. Ele vai ocupar o seu lugar”, disse o dirigente.

Em 1972, Ademir Gonçalves chegou ao Corinthians em tempos nebulosos, pela falta de títulos, e espaço encurtado entre os titulares, porque lá estiveram os zagueiros Brito e Baldochi. A rigor, ele chegou a ficar como terceiro reserva na passagem do saudoso comandante Yustrich pelo clube. Isso facilitou a inclusão em negociação por empréstimo com o Guarani, numa troca com compensação financeira feita pelo Corinthians, para contar com o saudoso ponta-de-lança Washington, em 1974.

Na temporada seguinte do Corinthians, com a chegada do treinador Sylvio Pirilo, foi pedida a volta de Ademir Gonçalves, que também sabia chegar junto, como se diz na gíria do futebol, mas persistiram oscilações dele na equipe principal, principalmente com a chegada de Zé Eduardo para a posição.

Quis o destino que na terceira e decisiva partida do Corinthians contra a Ponte Preta, na finalíssima do Paulistão de 1977, Ademir Gonçalves saísse na foto do time que sagrou-se campeão, com quebra de jejum de quase 23 anos. E isso ocorreu devido à suspensão de Zé Eduardo, ocasião em que participou do lance que determinou a expulsão do centroavante Rui Rei, da Ponte Preta, aos 16 minutos de partida. “O Rui tentou levar a bola com a mão, numa disputa comigo, e o Dulcídio (Vanderlei Boschilia), árbitro do jogo, marcou falta. Irritado, o Rui falou um palavrão e foi expulso”.

Foram em clubes de menor expressão as últimas passagens dele, como Pinheiros - atual Paraná Clube -, São José e volta ao União Barbarense onde ficou até 1984, clube de início de carreira 20 anos antes. Ele atuou como comentarista esportivo em emissora local.

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