domingo, 6 de fevereiro de 2022

Gol de título vascaíno consagrou atacante Sorato

Quem se dispuser recorrer a publicações sobre Sorato, centroavante herói do Vasco no título do Campeonato Brasileiro de 1989, vai constatar que uma pergunta não foi feita nas incontáveis entrevistas que lhe fizeram: por que escolheu o Vasco da Gama para se submeter a testes nas categorias de base?

Natural de Araras, interior de São Paulo, à época com pouco mais de 80 mil habitantes, conhecida pela monocultura da cana-de-açucar, havia aos montes opções no interior paulista para enfrentar o desafio na carreira de atleta, mas quis o destino que no segundo ano como profissional do Vasco a cabeçada dele na bola, em cruzamento do então lateral-direito Luiz Carlos Winck, fosse fatal para o então goleiro são-paulino Gilmar Rinaldi, na vitória do time carioca por 1 a 0 com essa formação: Acácio; Winch, Quiñonez, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carlo, Marco Antonio Boiadeiro e Bismarck; Sorato, Bebeto e William.

Agnaldo Luís Sorato, que em abril vai completar 53 anos de idade, ainda goza de prestígio na comunidade vascaína pelo registro de duas passagens: de 1988 a 1992 e no biênio 1997/98, com novo título do Brasileiro e da Libertadores, totalizando 235 jogos e 82 gols.

Na primeira saída do Rio de Janeiro, foi mais um dos altos investimentos feito pela empresa Parmalat, na época co-gestora do Palmeiras, uma aposta que pudesse repetir o futebol de homem-gol, e ele comemorou dois títulos paulista, um do Brasileiro e outro do Torneio Rio-São Paulo.

A partir de 1994 ele foi transformado em andarilho do futebol, intercalando grandes clubes como Cruzeiro e Botafogo com outros medianos como Juventude e Bangu, para depois percorrer a estrada da volta do futebol em Comercial de Ribeirão Preto, Paulista de Jundiaí, Ituano e Marília (SP), Gama (DF), América, Madureira e Cabofriense (RJ) e Videoton (HUN), entre outros.

Após rodar por mais de 20 equipes e ter atuado até os 40 anos de idade, Sorato encerrou a carreira no Tigres do Espírito Santo, onde, incontinenti, ingressou na função de auxiliar-técnico. Depois agregou experiência na base do Vasco, e agora está na direção técnica do Doze, equipe que integra o futebol capixaba desde 2015, com conquista de acesso à divisão principal já no primeiro ano de fundação. E com ele está o ex-goleiro Carlos Germano - ex-companheiro de Vasco - como seu auxiliar-técnico.

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