domingo, 13 de fevereiro de 2022

Adeus ao ex-meia-atacante e treinador Tata

 A morte do ex-meia-atacante Tata, neste nove de fevereiro, aos 68 anos de idade, nos remete aos tempos em que clubes como Portuguesa Desportos, Juventus, Paulista de Jundiaí e São José faziam parte da primeira linha de futebol paulistas, depois definharam e hoje tentam se reerguer. Além deles, Tata também passou pelo Santos, São Paulo e Santo André, numa carreira de atleta que se estendeu de 1974 a 1987.

Paulistano Mário Felipe Peres, o Tata, participou dos tempos em que atletas contrariaram a lógica sobre preservação do físico e eram adeptos do tabagismo. No caso dele, foi fumante inveterado, e o reflexo do abuso foi um câncer no pulmão. Como atuou no período de prevalecimento da técnica ao físico, soube usar os atalhos do campo para correr menos e manter eficiência com dribles, visão de jogo, chutes fortes e gols.

Na prática, a carreira dele foi iniciada no Juventus, e na passagem pela Lusa atuou ao lado do saudoso Enéas e meia Alexandre Bueno. No entanto, foi o São José o clube em que teve mais identificação. Lá, participou da campanha que levou a agremiação a elite do Brasileirão em 1982, num time que tinha, entre outros, o goleiro Tonho, zagueiros Darcy e Ademir Gonçalves, atacantes Edinho, Tião Marino e Nenê. E no histórico de 232 jogos registrou 53 gols, o quarto maior artilheiro de todos os tempos do clube, ocasião em foi batizado de 'Metralhadora Martins Francisco', nome do estádio da agremiação.

Foi lá, também, que encerrou a carreira de atleta aos 33 anos de idade, em decorrência de contínuas lesões. Incontinenti, aceitou convite do então técnico da equipe Vail Motta para que fosse o seu assistente. Todavia ganhou relevância na função ao formar parceria com o treinador Muricy Ramalho em 1999, na Portuguesa Santista, com trajetória recheada de títulos estaduais - bi no Náutico e Inter (RS) -, campeão paulista com o São Caetano em 2004, brasileiro pelo Fluminense, tri do Brasileirão pelo São Paulo, Libertadores e Recopa Sul-Americana pelo Santos; e ambos só se separaram em 2016, quando problemas de saúde implicaram em abandono de carreira de Muricy, um amigo de infância.

Tata tentou carreira solo de treinador registrada com título paraense pelo Paysandu, mas sem sucesso nas demais agremiações que trabalhou, como São José, Portuguesa Desportos, Santo André, Portuguesa Santista, Remo, Moto Club e Vila Nova (GO).


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