segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Três anos sem o treinador Nicanor de Carvalho Júnior

O último 28 de novembro marcou o terceiro ano da morte do treinador Nicanor de Carvalho Júnior, aos 71 anos de idade. Natural de Leme (SP), ele havia se radicado em Campinas quando deixou de trabalhar no futebol. Aí, em seus últimos dias de vida, enfrentou uma crise de diabetes, que havia provocado internação no Centro Médico de Campinas, sem que resistisse a uma parada cardíaca.

Nicanor cravou passagem no futebol japonês ao comandar clubes como Fujita FC, Bellmare Hiratsuka, Kashiwa Reysol e Verdy Kawasaki, no período de 1991 a 2001. Aí optou pelo regresso em definitivo ao Brasil, e foi comandar o América de São José do Rio Preto (SP).

Exagera quem o rotulou como treinador de primeira linha. Na prática se prevalecia da perspicácia como gestor de grupo. Detectava rapidamente situação de desconforto no ambiente e sabia contorná-la. Pautava pela lealdade aos comandados e deixava claro a exigência da montagem de equipes competitivas, até porque havia sido preparador físico de excelência quando encerrou a carreira de atleta, iniciada na Inter de Limeira (SP) em 1964.

Por sinal, teve trajetória de onze anos como ponta-direita de XV de Piracicaba, Ponte Preta, São Paulo, Ferroviária, Remo e Miami Toros (EUA), com marca da voluntariedade. Na passagem pela Ponte Preta em 1968, participou de um time montado basicamente por medalhões, que não garantiu acesso à divisão principal do futebol paulista, diferentemente da válida experiência na Ferroviária, quando ajudou a colocar o time no Paulistão dois anos antes.

Incontinenti, ao cursar faculdade de Educação Física, optou pela carreira de fisicultor, nos tempos em que atletas se submetiam a treinos de força e corridas em bosques e praças. Nesta função, ele integrou comissões técnicas de Ponte Preta, Corinthians e São José (SP), até em que 1984 a Inter de Limeira abriu-lhe as portas para ingresso na função de treinador.

Como a década de 90 foi marcada por assédio dos japoneses a treinadores brasileiros, Nicanor deu continuidade à carreira por lá em 1991, mas antes disso comandou Paulista de Jundiaí, Grêmio Maringá (PR), Athletico Paranaense, Coritiba, São José, Ponte Preta, Santos e Guarani. No retorno ao país, ainda trabalhou no interior paulista em clubes como Botafogo de Ribeirão Preto, Rio Branco de Americana e Bragantino em 2006.

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