domingo, 12 de dezembro de 2021

Adeus ao goleador Sicupira

Fim de ano é tempo de reflexão, retrospectiva e aí vem à lembrança de ente queridos que se foram. E o paranaense, principalmente adeptos do Athletico, lamentaram bastante a perda do atacante Sicupura, que morreu aos 77 anos de idade enquanto dormia em sua casa, em Curitiba, no dia sete de novembro passado, ocasião em que os seus pulmões estavam debilitados e parou de respirar.

Sicupira atingiu o ápice da carreira no Athletico (PR) e é reconhecido como um dos maiores ídolos de todos os tempos na história do clube. Lá chegou em 1968, e com direito a golaço de bicicleta já na estreia diante do São Paulo por 1 a 1.

Naquela temporada atuou ao lado de saudosos jogadores veteranos como o zagueiro Bellini, lateral-direito Djalma Santos, volantes Zequinha e Nair, centroavante Zé Roberto e ponteiros Gildo e Canhoteiro. Além deles, o ponteiro-direito Dorval. Foi o ano em que aqueles 'medalhões' venceram o temível Santos sem Pelé, mas com Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Joel Camargo e Edu por 2 a 1, no Estádio da Vila Capanema, diante de 24.303 torcedores, ocasião em que o 'Furacão' usava camisa com as listras horizontais.

Lá a trajetória de Sicupira foi estendida até 1975, quando ostentou a marca de maior goleador com 158 gols, sendo artilheiro nos Campeonatos Paranaenses de 1970 e 1972, ano em que o clube não participou do Campeonato Brasileiro, e por isso acabou emprestado ao Corinthians.

Engana-se quem associa Sicupira como apelido relacionado à cidade Sucupira, no Estado de Tocantis, que inspirou o personagem Odorico Paraguaçu do saudoso ator Paulo Gracindo, na novela 'O Bem-Amado' da TV Globo, em 1973. O nome de registro dele era Barcímio Sicupira Junior.

Nascido na cidade da Lapa (PR), Sicupira iniciou a carreira de atleta no extinto Clube Atlético Ferroviário, em 1962, e dois anos depois já estava no Botafogo do Rio de Janeiro. Na sequência, ao se transferir para Ribeirão Preto, no também Botafogo, teve curta passagem, porém suficiente para marcar o gol inaugural do Estádio Santa Cruz, na goleada sobre a seleção da Romênia por 6 a 2.

Ao término da carreira de atleta em 1975, com escolha do Athletico-PR, ele formou-se em Educação Física e atuou como professor por um período, mas depois voltou ao futebol como técnico e, por fim, comentarista esportivo em rádios e televisões de Curitiba.

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