terça-feira, 12 de outubro de 2021

Saudoso Caio Júnior, uma histórica como atleta e treinador


Se outrora, com o saudoso Caio Júnior como treinador, o Paraná Clube conquistou vaga à Libertadores em 2007, nesta temporada afunda-se na maior crise de sua história, que culmina com rebaixamento à Série D do Campeonato Brasileiro. Se com o mesmo Caio Júnior a Chapecoense chegou à final da Copa Sul-Americana em 2016, agora está na iminência de rebaixamento à Série B do Brasileiro, com a posição de lanterna da competição.

Foi uma final de Sul-Americana sem jogos há cinco anos, pois o primeiro deles, programado para Medellín (COL), contra o Atlético Nacional, sequer foi realizado naquela cidade colombiana. Uma pane no avião fretado que transportava a delegação provocou a maior tragédia registrada em clube brasileiro, com apenas seis sobreviventes, três deles atletas do clube catarinense: goleiro Jackson Follman, lateral-esquerdo Alan Ruschel e zagueiro Neto. Em solidariedade à Chapecoense, o Atlético abriu mão daquela competição.

A tragédia ocorreu no dia 28 de novembro de 2016 na cidade de La Unión, próximo de Medellín, e o treinador Caio Júnior foi uma das vítimas fatais. Familiares dele acusaram o clube de negligência e irresponsabilidade por ter contratado o voo fretado da empresa boliviana LaMia, o acionaram judicialmente com cobrança de indenização, mas na audiência de conciliação não houve acordo.

Caio Júnior, nascido em Cascavel (PR) e registrado como Luiz Carlos Sarolli, em março de 1965, com 15 anos de idade já integrava a base do Grêmio (RS), na função de meia-atacante de estilo clássico, com raciocínio rápido e visão de jogo. Logo, transformou-se em artilheiro do Gaúchão de 1985, com 15 gols, e teve trajetória no futebol português. No retorno ao Brasil, passou pelo rival Inter (RS) e o auge da carreira foi no Paraná Clube, ao conquistar o pentacampeonato.

Depois disso, castigado por lesões, parou de jogar aos 34 anos de idade, no Rio Branco de Americana (SP). Aí, com formação acadêmica em jornalismo, optou por comentar futebol em emissoras do Paraná, até que surgiram convites para integrar clubes como supervisor, auxiliar-técnico técnico, até que aparecesse chance de voltar ao Paraná Clube como treinador, quando ganhou destaque nacional, com repasse em grandes clubes como Palmeiras, Flamengo, Botafogo e Grêmio. No exterior, trabalhou no Vissel Kope do Japão, Al-Gharafa do Catar e Al Jazira dos Emirados Árabes.

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