terça-feira, 12 de outubro de 2021

Kléber Gladiador, talento, garra e encrenca juntos

 

Até maio passado, o meia-atacante Kléber Gladiador ainda estava fixado no Texas, Estados Unidos, e desconhecendo o seu futuro no Austin Boldic, clube de segunda divisão. Com idade já avançada para a posição - 38 anos -, a tendência natural desse 'osasquense' seria o encerramento da carreira de reconhecida capacidade técnica, porém mesclada ao temperamento explosivo nos clubes em que passou.

Embora tivesse ganhado notoriedade no Palmeiras de 2008, na conquista do título paulista, Kléber já havia mostrado o estilo raçudo quando revelado pela base do São Paulo e se destacado no Campeonato Brasileiro de 2003, fato que despertou interesse do Dínamo de Kiev, da gelada Ucrânia, que desembolsou cerca de R$ 6 milhões no final daquela temporada, para levá-lo.

Foi lá que o apelidaram de gladiador e conquistou títulos, mas de volta ao Brasil - e ao Palmeiras, por empréstimo - ficou conhecido pelas encrencas por onde passou, a começar pela cotovelada no zagueiro são-paulino André Dias, que resultou em suspensão de três partidas.

Aí, no final daquela temporada, o Dínamo o cedeu ao Cruzeiro em troca pelo atacante Guilherme, quando o inesperado ocorreu logo na estreia dele diante do Estudiante de La Plata, no Estádio Mineirão, pela Libertadores: ficou em campo apenas 14 minutos, o bastante para marcar dois gols e ser expulso.

Polêmicas se sucederam, e algumas dispensáveis. Desagradou torcedores cruzeirenses ao participar de evento de torcida organizada do Palmeiras, dias antes de enfrentá-lo pelo Brasileirão. Visado depois disso, o clube não colocou objeção para que retornasse ao Palmeiras em 2010, e mantivesse o temperamento explosivo de três expulsões e nove cartões amarelos apenas no primeiro turno daquele Brasileirão, para, no ano seguinte, cavar a própria 'sepultura' no clube ao se desentender com o treinador Luiz Felipe Scolari, o Felipão, que o afastou do elenco.

No Grêmio (RS), após começo com atuações convincentes, acabou na reserva, e por isso aceitou ser trocado por empréstimo com o meio-campista Felipe Bastos, do Vasco, em 2014, até que o seu último clube no país fosse o Coritiba, onde uma lesão adiou a estreia, mas ele fez questão de abrir mão dos vencimentos enquanto não se recuperasse. No clube ele ficou até o final de 2017, quando foi artilheiro isolado do Campeonato Paranaense, com 11 gols.

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