segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Fevereiro, mês perigoso para craque de Seleção


 Como a coluna entra no seu vigésimo primeiro ano de forma ininterrupta, a opção da semana foi resgate de publicação feita há dez anos, para mostrar fevereiro como mês perigoso para atletas com passagens pela Seleção Brasileira, um deles o saudoso e eficiente quarto-zagueiro Orlando Peçanha de Carvalho, titular absoluto no título mundial conquistado pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1958, na Suécia.

 Num 10 de fevereiro, um ataque cardíaco matou Orlando, aos 74 anos de idade, no Rio de Janeiro, mês em que igualmente morreram o volante José Carlos Bauer e os meias Zizinho e Jorge Pinto Mendonça, respectivamente com 81, 80 e 51 anos de idade.

 Quanto formou dupla de zaga com Belini no Vasco, a partir de 1955, Orlando conquistou títulos, mostrou capacidade de antecipação e força física. Essas virtudes cativaram cartolas do Boca Junior, e assim jogou quatro anos no clube argentino. Por isso ficou fora da Seleção do Mundial de 1962, no Chile.

 Depois, já no Peixe, conquistou títulos, voltou à Seleção, e jogou na terceira partida do Mundial de 1966, na derrota para Portugal por 3 a 1. O encerramento da carreira deu-se no Vasco em 1970, aos 35 anos de idade. Sete anos depois, tentou iniciar a carreira de treinador no CSA de Maceió, e ainda passou pelo Vitória (BA) em 1980, sem que prosperasse na função.

 Bauer, apontado como melhor volante de todos os tempos do São Paulo, foi sepultado em 2007, no dia 4. Zizinho morreu em 2002, numa sexta-feira de Carnaval, dia 8. Conversava com a filha Nádia, de madrugada, quando passou mal e não resistiu. Ele tinha um coração de anjo, mas era esquentado em campo. Aos zagueiros botinudos avisava que se batessem nele teria troco. Vingativo, tanto podia dar resposta em dez minutos, uma semana, ou até um ano.

 Antes do reinado de Pelé, pode-se dizer que Zizinho foi o melhor. Arrancava aplausos pelos dribles curtos, chutes certeiros e passes impecáveis. Foi rotulado de melhor jogador da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1950, apesar da derrota por 2 a 1 para os uruguaios, na final, no Maracanã.

 Jorge Mendonça morreu em 2006, no dia 17. Rugas mal explicadas quando trabalhou com o saudoso técnico Telê Santana, no Palmeiras, implicaram em ficar fora na Copa de 1982, quando atravessava a melhor fase da carreira.

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