Como
a coluna entra no seu vigésimo primeiro ano de forma ininterrupta, a
opção da semana foi resgate de publicação feita há dez anos,
para mostrar fevereiro como mês perigoso para atletas com passagens
pela Seleção Brasileira, um deles o saudoso e eficiente
quarto-zagueiro Orlando Peçanha de Carvalho, titular absoluto no
título mundial conquistado pela Seleção Brasileira na Copa do
Mundo de 1958, na Suécia.
Num
10 de fevereiro, um ataque cardíaco matou Orlando, aos 74
anos de idade, no Rio de Janeiro, mês em que igualmente morreram o
volante José Carlos Bauer e os meias Zizinho e Jorge Pinto Mendonça,
respectivamente com 81, 80 e 51 anos de idade.
Quanto
formou dupla de zaga com Belini no Vasco, a partir de 1955, Orlando
conquistou títulos, mostrou capacidade de antecipação e força
física. Essas virtudes cativaram cartolas do Boca Junior, e assim
jogou quatro anos no clube argentino. Por isso ficou fora da Seleção
do Mundial de 1962, no Chile.
Depois,
já no Peixe, conquistou títulos, voltou à Seleção, e jogou na
terceira partida do Mundial de 1966, na derrota para Portugal por 3 a
1. O encerramento da carreira deu-se no Vasco em 1970, aos 35 anos de
idade. Sete anos depois, tentou iniciar a carreira de treinador no
CSA de Maceió, e ainda passou pelo Vitória (BA) em 1980, sem que
prosperasse na função.
Bauer,
apontado como melhor volante de todos os tempos do São Paulo, foi
sepultado em 2007, no dia 4. Zizinho morreu em 2002, numa sexta-feira
de Carnaval, dia 8. Conversava com a filha Nádia, de madrugada,
quando passou mal e não resistiu. Ele tinha um coração de anjo,
mas era esquentado em campo. Aos zagueiros botinudos avisava que se
batessem nele teria troco. Vingativo, tanto podia dar resposta em dez
minutos, uma semana, ou até um ano.
Antes
do reinado de Pelé, pode-se dizer que Zizinho foi o melhor. Arrancava aplausos pelos dribles curtos, chutes certeiros e passes
impecáveis. Foi rotulado de melhor jogador da Seleção Brasileira
na Copa do Mundo de 1950, apesar da derrota por 2 a 1 para os
uruguaios, na final, no Maracanã.
Jorge
Mendonça morreu em 2006, no dia 17. Rugas mal explicadas quando
trabalhou com o saudoso técnico Telê Santana, no Palmeiras, implicaram em
ficar fora na Copa de 1982, quando atravessava a melhor fase da
carreira.
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