A história vitoriosa do Palmeiras ao longo das
décadas tem sido escancarada após a conquista do Campeonato Brasileiro. E
nessas histórias cabe recapitular inimaginável gol contra marcado pelo então
centroavante Oséas Reis dos Santos em 1998 contra o Corinthians, tido como o
mais bonito na característica de todos os tempos do futebol mundial.
Em cobrança de escanteio favorável ao Timão
pelo lado direito, em jogo válido pelo Paulistão, Oséas subiu livre, em alto
estilo, e acertou forte cabeceada contra a sua própria meta. Inacreditável!
Teria dado um ‘branco’ na cabeça dele? Imaginou que a sua equipe atacava, e não
defendia?
Hoje Oséas até brinca com aquela situação, ao
citar que o mundo futebolístico que não o conhecia teve a oportunidade de
conhecê-lo, mas à época o drama se intensificou com corintianos gritando o seu
nome ironicamente no Estádio do Morumbi. Aí, para preservá-lo, o treinador
palmeirense à época - o mesmo Luiz Felipe Scolari, Felipão - optou por sacá-lo
no intervalo.
A redenção ocorreu naquele mesmo ano quando
marcou o segundo gol da vitória do Palmeiras por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, na
finalíssima da Copa do Brasil, aos 44 minutos do segundo tempo, em chute sem
ângulo. Aí, balançaram aqueles cabelos longos de trancinhas.
Oséas começou a marcar o seu nome no futebol na
dupla de ataque com Paulo Rink, no Atlético Paranaense, a partir de 1995. Foi
quando chegou à Seleção Brasileira, após cinco anos de ostracismo em clubes
como Galícia (BA), Pontevedra (2ª divisão espanhola), Maruinense (SE) e
Uberlândia (MG).
Ao decolar na capital paranaense, despertou
interesse da Parmalat, cogestora do Palmeiras, que bancou a contratação por US$
7 milhões. No Cruzeiro, em 2000, o gostinho do título da Copa do Brasil, até a
extensão da carreira por mais cinco anos no Japão, Santos e Inter (RS).
Hoje, radicado na cidade natal de Salvador (BA),
atua no ramo imobiliário. Provavelmente ele não saiba explicar a origem em
hebraico do nome Oshea, que quer dizer salvo, traduzido como profeta Oseias -
do Velho Testamento -, que se diferencia de seu prenome pela ausência da vogal
‘i’.
Nenhum comentário:
Postar um comentário