domingo, 6 de maio de 2018

Bebeto, da bola à política


 Consagrado boleiro de Seleção Brasileira, Bebeto abria entrevista citando ‘ouvintes meus cumprimentos’. Ao manter a notoriedade como deputado estadual do Rio de Janeiro, desde de 1º de fevereiro de 2011, se habituou a chamar políticos da casa de vossa excelência ou nobre parlamentar.


 Naquela casa de leis, José Roberto Gama de Oliveira - que integra a bancada do PDT - apresentou projeto de implementação de resgate de meninos de rua de seis a 16 anos de idade, um prolongamento do Instituto Bola Para Frente, criado em 2000. À época, lateral Jorginho e volante Dunga, companheiros de seleção, integravam a parceria.

 Atacante veloz, hábil e oportunista para enfrentar goleiros, Bebeto marcou época em duas passagens por Flamengo e Vasco, e contratos com Botafogo do Rio de Janeiro e Cruzeiro. Na Seleção Brasileira, se orgulha de ter participado da conquista do tetracampeão mundial em 1994, nos Estados Unidos. Na época, comemorou gol diante da Holanda com coreografia embala-neném, uma homenagem ao filho Matheus, recém-nascido.

 Baiano de Salvador, Bebeto não tinha projeto de ingresso imediato na vida pública. A prioridade era ‘decolar’ na carreira de treinador de futebol, e o primeiro degrau da escala foi no América (RJ), através da oportunidade dada pelo então coordenador técnico Romário, hoje Senador da República (RJ). Os resultados de jogos não foram satisfatórios, ele acabou demitido, e aí se explica o desafio de disputar eleição legislativa.

 A aparição dele no futebol deu-se no Vitória (BA) em 1983, onde retornou em 1997, patrocinado pelo Banco Excel-Econômico. A transferência ao Flamengo, pouco depois da profissionalização, deu-lhe visibilidade nacional e os títulos do carioca em 1986 e da Copa União em 1988. Na época já havia se especializado em marcar gols de voleio.

  A saída para jogar no rival Vasco em 1989 criou mal-estar entre flamenguista, e isso foi perceptível na segunda passagem pela Gávea, em 1996. Na primeira passagem como vascaíno, ganhou o Brasileirão logo de cara, e Campeonato Carioca em 1992, ano em que se transferiu ao La Coruña da Espanha, onde ficou durante três temporadas, com passagem ainda pelo Sevilla. Ele jogou anda no Toros Neza do México, Kashima Antlers do Japão e Al-Ittihad da Arábia Saudita em 2002, quando encerrou a carreira aos 38 anos de idade.

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