segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Capitão vê a sua Portuguesa no fundo do poço

 Os onze anos como jogador da Portuguesa - durante três passagens - fez do ex-volante Capitão um admirador do clube. A postura de quem deixava o gramado com a camisa ensopada de suor contrasta com a morosidade da equipe atual.

 Reflexo destrutivo do clube é ter que ficar de fora da Série D do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil de 2018, visto que até na Copa Paulista o time naufragou. Eis aí um triste cenário para quem já foi reconhecido como um dos mais tradicionais clubes de São Paulo.

 Capitão é atleta recordista em atuações com a camisa da Portuguesa, ao totalizar 496 jogos. E fez jus aos aplausos pela típica marcação ‘carrapato’, explorando o vigor físico para desarmar adversários. A liderança nata igualmente permitia ascendência sobre os companheiros.

 Ele participou daquela campanha em que o time foi vice-campeão brasileiro em 1996, com derrota para o Grêmio no Estádio Olímpico. Eis o time: Clemer; Carlos Roberto, Emerson, Marcelo Miguel e Zé Roberto; Capitão, Alexandre Gallo, Caio e Zinho; Rodrigo Fabri e Alex Alves.

 Dois anos depois, no São Paulo, adaptado como quarto-zagueiro, conquistou o seu primeiro título como profissional: o Paulistão. Outro título estadual foi conquistado na temporada seguinte no Grêmio portoalegrense, mas a carreira de quase 20 anos foi marcada por altos e baixos. Na passagem de quatro meses pelo Guarani, em 2000, já não mostrava aquela vitalidade dos tempos de Portuguesa, e seus últimos jogos foram como reserva.

 Da carreira iniciada no Cascavel, inclui passagens ainda pelo Verdy Kawasaki-JAP, Portuguesa Santista, Botafogo (SP), Sport, CSA-AL e Grêmio Mauaense aos 38 anos de idade, quando decidiu encerrá-la.

 Mineiro de Conselheiro Pena, registrado com o nome de Oleúde José Ribeiro, o ex-atleta conta que o apelido de Capitão advém de tentativa frustrada de seus pais homenagearem a capital mundial do cinema, Hollywood.

 Nos tempos de Muricy Ramalho como treinador do São Paulo, ele fez questão de fazer um estágio de comandante de elenco no gramado, e por isso ainda não sepultou os planos de voltar ao futebol como treinador.


 Enquanto isso não acontece, administra sua fazenda em Santa Lúcia, pequena cidade do Paraná, que lhe garante rentabilidade suficiente para seguir com vida confortável. A dedicação ao setor agropecuário passou a ocorreu três anos depois de pendurar chuteiras.

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