Anda fora de moda jogadores baixinhos no
futebol brasileiro. Um dos últimos em destaque joga no Al-khor do Catar desde
2012, caso do meia-atacante Madson, 1,57m de altura. Hábil, veloz, foi lançado no
Vasco pelo treinador Renato Gaúcho em 2005, passando por Santos e Atlético
Paranaense.
Bahia é clube com tradição de ser bem-sucedido
com jogadores baixinhos. Um deles o paulista de Osasco Osni Lopes, ponteiro
habilidoso e goleador. Nas três passagens intercaladas - a última delas no
biênio 1984-85 - totalizou 115 gols.
Outro exemplo foi Naldinho, que marcou um dos
gols na goleada do Bahia sobre o Fluminense por 4 a 1, em pleno Estádio das
Laranjeiras. Na ocasião, Gil, Charles e Luiz Henrique também marcaram para os
baianos.
Naldinho, 1,58m de altura, se vangloriava de
suas qualidades. “Eu era jogador rápido e inteligente”. Logo, não se constrange
citar que se nascesse no futebol de hoje estaria milionário, comparando a
montanha de dinheiro que clubes pagam a atletas que considera razoáveis. “Está
acabada a geração de jogadores de técnica apurada. Tem um monte de perna de pau
por aí que não merece estar em clube algum”.
E justifica a crítica ao mira-se no exemplo de
o atleta bater na bola. “Não compreendo como jogadores que treinam a semana
toda não conseguem cruzar corretamente”.
Tal como Naldinho, Osni, 1,56m de altura, era
hábil e fazia gols. A carreira começada no Santos em 1968, ganhou amadurecimento
em Madureira, Olaria e Flamengo, até atingir o ápice em Salvador (BA). No
Vitória, foi o pivô de briga generalizada entre jogadores rivais ao sentar na
bola, após driblar o adversário Romero, do Bahia.
No tricolor baiano a partir de 1978, jogou
machucado. Aí, houve queda de rendimento e a cabeça ficou em parafuso. Irritou-se
quando o seu cachorro foi mordido em briga com outro animal, tentou se vingar
com pedaço de pau, e quase acabou linchado.
Depois o então presidente Paulo Maracajá
atrasou o seu salário com argumento de que ‘quem não joga também não ganha”,
fato que provocou desdobramento na Justiça do Trabalho. E, impaciente, agrediu
o fotógrafo Mário Bonfim do jornal Tribuna
da Bahia, segundo publicação da revista Placar,
porque não queria ser flagrado em clínica médica.
Por fim driblou as adversidades, mostrou que
tamanho não é documento para enfrentar grandalhões, e foi convocado até à
Seleção Brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário