Se hoje clubes de futebol buscam centroavantes
como se procura agulha no palheiro, em meados da década de 80 o Guarani se dava
ao luxo de contar com Marcelo Vitta na condição de reserva de luxo de Careca,
ou em frequentes convocações à Seleção Brasileira de Juniores.
Na temporada de 83, quatro meses depois de Careca
se transferir ao São Paulo, Marcelo também deixou o elenco bugrino após
proposta financeira irrecusável. Na época, pessoas endinheiradas contratavam
jogadores e repassavam a clube. O industrial Márcio Papa adquiriu o passe de
Marcelo, tinha intenção em repassá-lo por empréstimo ao Palmeiras, mas a
transação foi vetada. Assim, a transferência foi para o Vasco, ocasião em que
ficou como artilheiro da Taça Rio no primeiro ano de clube.
Na temporada seguinte, Marcelo participou do time
vascaíno no triangular final do campeonato estadual, com título conquistado
pelo Fluminense, e com participação também do Flamengo. Na época, o time cruzmaltino
era formado por Acácio; Donato, Daniel Gonzales, Nenê e João Luiz; Dudu,
Giovani e Mário; Mauricinho, Roberto Dinamite e Marcelo.
Em seguida, após passagem pela Udinese da
Itália, ficou cinco anos no Inter (RS), com o bi estadual em 1986-87. No
primeiro ano, na vitória por 3 a 1 sobre o Grêmio na final, marcou dois gols e
atuou em time formado por Taffarel; Luís Carlos Vinck, Pingo, Mauro Galvão e
André Luiz; Ademir, Ademir Alcântara e Ruben Paz; Jussiê, Marcelo e Silvinho.
A partir de 1991, Marcelo trilhou trajetória
descendente em equipes do interior paulista, com encerramento quatro anos
depois no Pelotas (RS), já sem intromissão do pai Aristides Vitta, uma pedra no
sapato da diretoria bugrina nos anos 80, pois saía frequentemente de Mococa (SP)
e chegava de surpresa no Estádio Brinco de Ouro para cobrar reajuste salarial
ao filho.
Marcelo chegou nos juniores do Guarani no
início da temporada de 1980 e, ao se destacar, o saudoso treinador Zé Duarte
puxou-o aos profissionais. A estreia ocorreu no dia 28 de setembro daquele ano,
na vitória sobre o Comercial de Ribeirão Preto em Campinas por 4 a 2, pelo
Campeonato Paulista, quando substituiu o finado Jorge Mendonça, num time
formado por Birigui; Chiquinho, Júlio César, Edson e Miranda; Edmar, Henrique e
Jorge Mendonça (Marcelo Vitta); Capitão (Roldão), Careca e Bozó.
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