segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Do Inter do saudoso Fernandão só restou lembança

Esteja aonde estiver, de certo o saudoso meia-atacante Fernando Lúcio Costa, o Fernandão, deve estar perplexo com aquilo que fizeram com o seu Internacional portoalegrense, pela primeira em sua história rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro.
Quanta discrepância técnica do time colorado do tempo em que ele atuava comparativamente ao atual, com atletas do nível do zagueiro Paulão, lateral-esquerdo Gefferson, volante Rodrigo Dourado e atacantes Eduardo Sascha e Nico Lopez.
Paradoxalmente, daquele time que conquistou o mundo em 2006, com Fernandão como capitão, conseguiram transformá-lo em chacota dos rivais gremistas. Mais ainda: do orgulho a dor profunda, como verificado após consumado o rebaixamento da equipe neste 11 de dezembro, depois do empate por 1 a 1 com o Fluminense.
Há dez anos, um 17 de dezembro em Yokohama, no Japão, Fernandão levantou a taça de campeão após o Inter vencer o favorito Barcelona de Ronaldinho Gaúcho por 1 a 0, gol do meia Adriano Gabiru aos 36 minutos do segundo tempo, após passe do atacante Iarley. Curiosamente, o contestado Gabiru pelo torcedor colorado havia entrado em campo cinco minutos antes, em substituição a Fernandão, com câimbras.
Na época, comandado pelo treinador Abel Braga, o time do Inter contou com Clemer; Ceará, Fabiano Eller, Índio e Rubens Cardoso; Wellington Monteiro, Edinho, Alex (Vargas) e Fernandão; Iarley e Alexandre Pato.
Fernandão sabia explorar a estatura de 1,90m para marcar gols de cabeça, além do reflexo apurado para definição das jogadas ofensivas. Naquela decisão, o desempenho dele foi tímido, mas ele explodiu de emoção a ponto de sequer admitir troca de camisa com qualquer adversário. “Esta camisa simboliza um troféu a ser guardado pelo resto da vida”, justificou na ocasião.
O que jamais se presumia era que a vida dele fosse abreviada aos 36 anos de idade no dia sete de junho de 2014, quando morreu em Goiás, vítima de acidente de helicóptero que transportava cinco pessoas. Apesar de resgatado com vida, morreu no hospital, e a equipe do SporTV não pode contar com os comentários dele na Copa do Mundo realizada no país.

Ficou, portanto, a história dele como atleta de Inter, Goiás, São Paulo, Olympique de Marselhe e Toulouse da França e Al-Gharlafa do Catar. Foi treinador e gerente de futebol no próprio Inter, e pretendia seguir nessas funções.

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