Esteja
aonde estiver, de certo o saudoso meia-atacante Fernando Lúcio
Costa, o Fernandão, deve estar perplexo com aquilo que fizeram com o
seu Internacional portoalegrense, pela primeira em sua história
rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro.
Quanta
discrepância técnica do time colorado do tempo em que ele atuava
comparativamente ao atual, com atletas do nível do zagueiro Paulão,
lateral-esquerdo Gefferson, volante Rodrigo Dourado e atacantes
Eduardo Sascha e Nico Lopez.
Paradoxalmente,
daquele time que conquistou o mundo em 2006, com Fernandão como
capitão, conseguiram transformá-lo em chacota dos rivais gremistas.
Mais ainda: do orgulho a dor profunda, como verificado após
consumado o rebaixamento da equipe neste 11 de dezembro, depois do
empate por 1 a 1 com o Fluminense.
Há dez
anos, um 17 de dezembro em Yokohama, no Japão, Fernandão levantou a
taça de campeão após o Inter vencer o favorito Barcelona de
Ronaldinho Gaúcho por 1 a 0, gol do meia Adriano Gabiru aos 36
minutos do segundo tempo, após passe do atacante Iarley.
Curiosamente, o contestado Gabiru pelo torcedor colorado havia
entrado em campo cinco minutos antes, em substituição a Fernandão,
com câimbras.
Na época,
comandado pelo treinador Abel Braga, o time do Inter contou com
Clemer; Ceará, Fabiano Eller, Índio e Rubens Cardoso; Wellington
Monteiro, Edinho, Alex (Vargas) e Fernandão; Iarley e Alexandre
Pato.
Fernandão
sabia explorar a estatura de 1,90m para marcar gols de cabeça, além
do reflexo apurado para definição das jogadas ofensivas. Naquela
decisão, o desempenho dele foi tímido, mas ele explodiu de emoção
a ponto de sequer admitir troca de camisa com qualquer adversário.
“Esta camisa simboliza um troféu a ser guardado pelo resto da
vida”, justificou na ocasião.
O que
jamais se presumia era que a vida dele fosse abreviada aos 36 anos de
idade no dia sete de junho de 2014, quando morreu em Goiás, vítima
de acidente de helicóptero que transportava cinco pessoas. Apesar de
resgatado com vida, morreu no hospital, e a equipe do SporTV
não pode contar com os comentários dele na Copa do Mundo realizada
no país.
Ficou,
portanto, a história dele como atleta de Inter, Goiás, São Paulo,
Olympique de Marselhe e Toulouse da França e Al-Gharlafa do Catar.
Foi treinador e gerente de futebol no próprio Inter, e pretendia
seguir nessas funções.
Nenhum comentário:
Postar um comentário