O prenome Moacir só será perpetuado porque pai
coruja o transfere para o filho e segue com o neto. Afora isso, prevalecem
nomes bíblicos para registros de nascimentos como Davi, Miguel, João Pedro,
Lucas, Gabriel e Matheus, segundo dados da Arpen-SP (Associação de Registro de
Pessoas Naturais do Estado de São Paulo) de 2013. O portal BabyCenter acrescenta que nomes como Luan, Guilherme, Gustavo,
Felipe, Rafael, Victor, Henrique e Kauan também estão na lista dos mais
escolhidos.
Moacir é nome de origem indígena e faz parte
do relato do romance ‘Iracema’ de José de Alencar. Então, quais as pessoas
populares com o nome de Moacir? Raras. A
mais famosa é o humorista-cantor Moacyr Franco, que neste cinco de outubro completou
78 anos de idade. No futebol, os dois últimos relativamente conhecidos são
aquele lateral-direito reserva de Alessandro do Corinthians em 2010 e o
treinador Moacir Júnior, familiarizado com equipes de menor expressão no
futebol mineiro.
O mais famoso dos ‘Moacires’ da bola é Moacir
Claudino Pinto, igualmente com 78 anos de idade completados em maio, e que fixou
residência em Guayaquil, Equador, cidade admirada por ele desde a passagem pelo
Barcelona local, o último clube de sua carreira de atleta em 1970.
Moacir ficou famoso nos seis anos de Flamengo,
a partir de 1956, quando driblava com facilidade e tinha boa visão de jogo.
Segundo o almanaque do clube ele participou de 233 jogos e marcou 57 gols, ora
atuando como meia de armação, ora como ponta-de-lança. Em 1958 participou de um
time formado por Fernando; Jouber, Pavão, Jadir e Jordan; Dequinha e Moacir;
Joel, Henrique, Dida e Zagallo.
A recompensa foi convocação à Seleção
Brasileira daquela temporada na reserva de Didi. Na ocasião aparecia nas fotos
de álbuns com o bigode bem ralo e, por vezes, amarrando a faixa até metade da
canela. No total, atuou sete vezes pelo selecionado e marcou dois gols.
A carreira fora do país começou no River Plate
da Argentina, prosseguiu no Pañarol do Uruguai e terminou no Equador com
passagens por Everest e Barcelona de Guayaquil, ocasião em que alardeava ter
adquirido propriedades que garantiriam sustento pelo resto da vida. Depois,
ainda foi escolhido como treinador da seleção equatoriana infantil em 1986 que
disputou o Mundial no Canadá, e bem remunerado.
Apesar disso está em dificuldade financeira,
mas não esmorece. Ainda se anima falar que está tudo bem, mesmo faltando
dinheiro para tratar do câncer de próstata. Hoje, a vida dele está difícil como
na adolescência, nos tempos de bairro Ipiranga em São Paulo , quando
abandonou a casa do pai após ter sido surrado. Tudo porque foi participar de
uma pelada e esqueceu o dinheiro para que fazer fezinha no jogo do bicho
embaixo de uma pedra. Aí foi parar em um albergue e posteriormente no Flamengo.
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