Mazurkievcz, o goleiro da Copa de 70
Se até a velha guarda não recorda bem das
características do goleiro uruguaio Ladislao Mazurkievcz, que dirá desportista
na faixa etária dos trinta e poucos anos de idade, que sequer o viu atuar
através da televisão? Aí, ao abrir sites ou folhear páginas de jornais em busca
de informações sobre as características do goleiro, o leitor observará curto
relato com ênfase sobre a Copa do Mundo de 1970, no México.
O texto lembra que Mazurkievcz foi o melhor
goleiro daquele Mundial, mas paradoxalmente cita um lance em que cometeu erro
infantil na cobrança de tiro de meta, Pelé ficou com a bola, e quase o
surpreendeu em finalização de longa distância. E ainda há descrição de lance em que Pelé deu drible de
corpo no goleiro uruguaio, mas na finalização a bola passou raspando o poste
direito.
A rigor, o Uruguai tinha um respeitado time na
época. O zagueiro era Anchieta, que posteriormente se transferiu ao Grêmio
portoalegrense. Cubilla era um meia habilidoso e organizador, enquanto Pedro
Rocha atuava como meia-direita e sabia fazer gols. Essa patota era comandada
pelo treinador Hohberg.
Mazurkievcz morreu no dia 2 de janeiro, vítima
de complicações renais e insuficiência respiratória, após uma semana
hospitalizado em Montevidéu. Ele tinha 67 anos de idade, e deve ser lembrado
pela elasticidade nos tempos de goleiro. Esta agilidade permitia que praticasse
defesas cara a cara com o adversário. Com isso pôde disputar as Copas de 1966,
1970 e 1974. Também foi campeão da Libertadores e do mundo atuando pelo Peñarol,
do Uruguai, em 1966.
Muzurkievcz tinha estatura aproximada de 1,80m
de altura, e evitava sair do gol em bola cruzadas, característica própria de
goleiros argentinos, na época. Por isso o futebol brasileiro tratou de importá-los
para correção desse sério problema.
De lá viram Andradas para o Vasco em 1966,
Cejas ao Santos em 1970, e Fillol ao Flamengo em 1984. E virou moda goleiros
estrangeiros por aqui. O também uruguaio Maidana vestiu a camisa do Palmeiras
entre 1965-66, Mazurkievcz passou pelo Atlético Mineiro por dois anos - a
partir de 1972 -, substituído em seguida por Ortiz. Rodolfo Rodrigues teve
passagem marcante pelo Santos a partir de 1984, e o chileno Rojas, três anos
depois, brilhou no gol do São Paulo.
Apesar da fama de bom goleiro, o nome de Mazurkievcz
não está na relação dos principais atletas da posição que passaram pelo
Atlético Mineiro, conforme o site oficial do clube. São lembrados Kafunga, Mão
de Onça, Mussula Renato, João Leite e Taffarel. Também o portal UOL, na
classificação de ídolos do Galo, faz referências apenas aos goleiros Kafunga,
Taffarel e João Leite.
No Brasil o apelido era Mazurca, mas no
Uruguai sempre foi chamado de El Chiquitito. E antes de adoecer trabalhava como
preparador de goleiros.
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