segunda-feira, 15 de março de 2010

Perdedores de pênaltis

Se o mundo parece ter desabado sobre a cabeça do atacante Dodô, do Vasco, após perder duas cobranças de pênaltis no jogo contra o Flamengo, neste 13 de março, serve de consolo saber que jogadores renomados também não escaparam desse martírio. Ou melhor: o argentino Martim Palermo foi além ao desperdiçar três penalidades em uma só partida, atuando pela seleção de seu país contra o Colômbia. Assim, entrou para o Guinnes Book, o livro dos recordes. O jogo foi válido pela Copa América de 1999, na Colômbia, e deveriam ter preservado esse goleador dessa situação inconveniente. Na primeira cobrança a bola chocou-se no travessão. Na segunda ele quase colocou a bola para fora do estádio. Por fim, a terceira cobrança mais parecia uma bola recuada ao goleiro adversário.

Dodô, o artilheiro dos gols bonitos, já sofreu com suspensão de 15 meses após flagrante de ingestão de substância proibida em exame antidoping. Depois, aos 36 anos de idade, imaginou trajetória de coisas boas, e ficou abatido com a desgraça no clássico carioca.

Como Dodô, o atacante Tuta, nos tempos de Fluminense, também perdeu dois pênaltis. Isso ocorreu no dia 17 de agosto de 1995, contra o Santos, quando o Flu ganhou por 2 a 1, pela Copa Sul-Americana, e Tuta marcou um dos gols.

Ainda naquela temporada, pelo Campeonato Carioca, Jean, do Vasco, também errou dois pênaltis em partida contra o Fluminense. Após empate em 1 a 1 no tempo normal, na decisão por pênaltis o vascaíno desperdiçou duas vezes, porque o árbitro Marcelo Venito optou pela repetição.

O consagrado ex-meia Raí, do São Paulo, perdeu dois pênaltis em jogo contra o Corinthians, nos tempos em que o Timão contava com o goleiro Dida. O jogo foi válido pela fase semifinal do Campeonato Brasileiro, em 1999, e o São Paulo permitiu que o rival avançasse à final.

Aquele ano também marcou o fim do casamento de Raí com Cristina Bellissimo. Ele com 17 e ela com 16 anos haviam se casado em Ribeirão Preto (SP) e tiveram duas filhas. A rigor, aos 33 anos de idade, Raí era um dos mais novos avôs do país, com o nascimento de Naíra, filha de Emanuela.

Naquele mesmo ano, foi a vez do ex-zagueiro Narciso, do Santos, ter de se explicar como pôde errar duas cobranças de pênaltis num jogo contra o América potiguar, em Natal, pela Copa do Brasil. O pior, para o então quarto zagueiro, estava reservado em janeiro de 2000, quando exames de rotina indicaram ser portador de leucemia mielóide crônica. Por causa disso teve de se submeter a um transplante de medula, com a irmã como doadora.

Após esforço sobrenatural, Narciso até voltou a jogar futebol, sem contudo recuperar o belo estágio atingido no próprio Santos. Assim, no dia 7 de junho de 2004 abandonou a carreira de jogador e se fixou como treinador da equipe de juniores do Peixe.

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