Volante por vocação, o agora saudoso Lima - que fez história no Santos - tinha facilidade para se adaptar a outras posições. Na prática, apenas não atuou como zagueiro central, centroavante e ponteiro-esquerdo. Portanto, foi o típico 'coringa' batizado de 12º jogador nos anos 60 e 70 do século passado, que morreu no dia três de fevereiro, aos 83 anos de idade, vítima de problemas nos rins e coração.
Ele foi um coringa num processo de revezamento de posições. Machucava um lateral - quer direito, quer esquerdo - ele ocupava a vaga. E por ter sido um volante estilo técnico, que conciliava desarme à armação de jogadas, incontáveis vezes substituiu o meia Mengável naquele time santista, inclusive na retumbante goleada sobre o Benfica por 5 a 2, em Portugal, em 1962, na conquista do primeiro título mundial do clube, com essa formação: Gylmar; Olavo, Mauro, Calvet e Dalmo; Zito e Lima; Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe.
Ano seguinte, registro para a repetição do feito mundial, e por duas vezes conquista da Libertadores. E se inicialmente foi reserva do volante Zito, no encerramento da carreira dele, no final de 1967, passou a ocupar a vaga, deixando a lateral-direita e já sem a contínua dependência de improvisações em outras posições. Lima jogou no Santos por dez anos, com registro de 692 partidas, fato que o coloca estatisticamente como um dos jogadores que mais vezes vestiram a camisa do clube.
Depois, passou pelo Jalisco Gadalajara do México por três anos. Teve passagem pelo Fluminense em 1975 e voltou à América do Norte para defender o Tampa Bay Rowdies dos Estados Unidos. Por fim, a opção para encerrar a carreira foi na Portuguesa Santista em 1979, deixando uma história na Seleção Brasileira com participação em 19 jogos e quatro gols no perído de quatro anos. Ele disputou a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, quando atuou nas três partidas da fase classificatória, resultando em eliminação do País.
Ainda na adolescência, a família do mineiro Antônio Lima dos Santos, de São Sebastião do Paraíso, havia se mudado à capital paulista e, após dois anos de Juventus, ele foi jogar no Santos a partir de 1961, quando integrou o elenco nas seguidas conquistas do Paulistão. E, com carreira de atleta encerrada, voltou ao clube para desempenhar funções de coordenador e treinador das categorias de base, além de 'olheiro'.
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