domingo, 22 de dezembro de 2024

Dez anos sem o naturalizado espanhol Di Stéfano

Numa retrospectiva de fim de ano de 2014, o personagem neste espaço foi o naturalizado espanhol Alfredo Di Stéfano, que havia morrido no dia sete de junho de 2014, aos 88 anos de idade, em decorrência problemas cardíacos, às véspera da Copa do Mundo no Brasil.

Indiscutivelmente ele havia sido o melhor jogador de futebol do planeta antes da aparição do saudoso 'rei' Pelé. Quis o destino que paradoxalmente esse argentino sequer disputasse uma Copa do Mundo. Quando defendia o River Plate (ARG), a partir de 1945, participou do Sul-Americano de Clubes de 1948, ocasião em que marcou quatro gols.

Um ano depois, o futebol daquele país enfrentou uma greve de jogadores que reivindicavam melhores condições de trabalho, após a pauta de negociação ter sido negada. Disso se aproveitou o Milionários da Colômbia para levá-lo, acenando com boa proposta financeira e sem necessidade de pagamento do passe, visto que a liga colombiana era amadora, e não havia como a Fifa intervir.

Lá, Di Stéfano participou de 292 partidas e marcou 267 gols. Logo, chegou ao selecionado da Colômbia, onde ficou conhecido como ‘Flecha Loira’. Por isso despertou interesse dos rivais espanhóis Barcelona e Real Madrid, que se digladiaram para contratá-lo. E naquele impasse surgiu proposta alternativa para que ambos se revezassem na vinculação do jogador a cada ano, durante um quadriênio. Houve discordância do Barcelona e assim Di Stéfano se transferiu ao Real, a partir de 1953.

Velocidade, habilidade e gols aos montes consagraram este ponta-de-lança, que não se constrangia com a fama de ‘fominha’, com a justificativa de que “o goleador tem mesmo é que ser egoísta”. Só que a Espanha não se classificou à Copa do Mundo da Suécia de 1958, e assim ele aguardou quatro anos para a competição no Chile, jamais contando que fosse se lesionar às véspera do embarque, o que provocou o corte da delegação.

Assim, restou continuar brilhando no Real Madrid até 1966, quando pendurou as chuteiras, sem contudo sair do meio. Optou por morar na Espanha e lá foi treinador de clubes e até presidente honorário do Real.

Quando atuava pelo River Plate, Di Stéfano teve que serviu ao Exército argentino. O mesmo ocorreu com Pelé que, um ano após ter sido campeão mundial em 1958 pelo Brasil, foi soldado do Grupo Motorizado da Costa da Praia Grande.

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