Dia três de dezembro passado, publicação do portal https://revistaforum.com.br chamou atenção pela revolta do lendário meia Ademir da Guia contra a direção do Palmeiras, ao citar que havia abandonado ídolos do passado do clube. Ele revelou que o atacante Leivinha e zagueiro Alfredo Mostarda são vítimas da doença de Alzheimer, e, segundo ele, ambos estão desamparados.
Alzheimer não tem cura. O Ministério da Saúde informa que nada pode ser feito para barrar o avanço da doença, que ocorre de forma lenta. O quadro clínico do paciente é dividido em quatro estágios: começa com alterações na memória e personalidade; dificuldade para falar, coordenar movimentos e insônia; incontinência urinária e dificuldade para comer; e o estágio pré-terminal e de restrição ao leito, dor à deglutição e infecções intercorrentes.
Logo, a bronca de Ademir da Guia, de certo se restringe à falta de ajuda financeira do clube ao custo de caros medicamentos. Matéria publicada pelo jornal O Globo, de março de 2023, cita que jogadores de futebol têm mais chances de desenvolver Alzheimer, reproduzindo estudo sueco publicado na revista The Lancet Public Health.
João Leiva Campos Filho, o Leivinha, natural de Novo Horizonte, de 75 anos de idade, começou no Linense, passou pela Portuguesa e se transferiu ao Palmeiras em 1971. E quem sugere que valia-se basicamente dos gols de cabeça - por ter sido exímio cabeceador -, também tinha um drible desconcertante ao bater na bola de um pé para o outro. Foi para o Atlético de Madrid (ESP) em 1975, e quatro anos depois atuou pelo São Paulo. Na Seleção Brasileira, foi relacionado à Copa do Mundo de 1974, juntamente com o zagueiro Alfredo Mostarda, de 78 anos de idade.
Mostarda integrou a 'academia palmeirense' da década de 70 do século passado e, ao se profissionalizar, foi emprestado ao Cruzeiro, Marcílio Dias (SC) e Nacional (AM), até que, no retorno, foi reserva do quarto-zagueiro Nelson em 1971. Como foi jogador estilo técnico, ganhou lugar na equipe no ano seguinte, com títulos no Paulistão e Brasileirão.
Perdeu espaço com a chegada do treinador Dino Sani e foi emprestado ao Coritiba. Meses depois, quando Dino foi pra lá, ele forçou o empréstimo ao Santos. No Palmeiras novamente, em 1978, foi vice-campeão brasileiro. E ainda jogou no Taubaté e Jorge Wilstermann, da Bolívia.
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