domingo, 5 de junho de 2022

Pintado, jogador e treinador de perseverança

Perseverança foi a marca registrada de Luís Carlos de Oliveira Preto, que ganhou fama no futebol com o apelido de Pintado, natural de Bragança Paulista (SP), e que em setembro próximo vai completar 57 anos de idade. No início, enquanto atleta, na base do Bragantino em 1983, só foi tolerado pelo estilo de zagueiro tratorzão, que se valia da boa compleição física e 1,82m de altura para se sobressair no jogo aéreo. Tecnicamente era tido como fraco e por isso foi repassado nas quatro posições de defesa, até que resolveram encaixar-lhe na lateral-direita.

Ano seguinte, ainda no sub20, não obteve êxito em Palmeiras e São Paulo, o que provocou repasse em equipes do interior como Taubaté e novamente Bragantino, quando o quadro se modificou ao ganhar espaço com o treinador Vanderlei Luxemburgo, e participar do título paulista de 1990. Todavia, foi o sucessor do comandante, Carlos Alberto Parreira, quem o efetivou como volante, quando o estilo raçudo de Pintado ficou bem evidenciado, e despertou interesse no São Paulo da época, do saudoso saudoso Telê Santana, para que retornasse ao clube.

Assim, Pintado passou a escrever a sua história no futebol com conquistas de duas Libertadores e Mundial de Clubes durante o biênio 1992/93, quando totalizou mais de cem partidas e apenas duas expulsões. Logo em seguida se transferiu ao Cruz Azul do México com a marca de atleta aguerrido, sem que isso significasse violência. Dos grandes clubes, ainda jogou no Santos, Atlético Mineiro e Cerezo Osaka do Japão, para, nos dois últimos anos de carreira, até 2003, acusar passagens por União São João, Pelotas, Santa Cruz e Brasiliense.

É praxe atleta que termina a carreira em clube de menor expressão cair no ostracismo, e com Pintado não foi diferente. Por isso, em 2004 iniciou novo desafio no futebol na função de treinador da Inter de Limeira, com repasse de vibração aos atletas. A construção da nova carreira obedeceu cronograma de degraus em degraus, passagens por equipes do interior paulista e grande ABC, até que clubes de outros centros o contratassem, como América Mineiro, Náutico, Figueirense, Juventude, Goiás, Chapecoense e Cuiabá, entre outros.

Pintado teve passagem como auxiliar fixo de treinador no São Paulo em 2017, assim como no México, dois anos antes, quando atuou como auxiliar-técnico de Luis Fernando Tena no Cruz Azul e comandando o Club León.

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