segunda-feira, 18 de abril de 2022

Rincón: talento, prisão, polêmica e o adeus

Acidente automobilístico com traumatismo craniano, que provocou a morte do meio-campista colombiano Freddy Eusebio Rincón Valencia neste 14 de abril, ganhou repercussão mundial, assim como em 2013 já havia sofrido fraturas múltiplas no corpo em consequência da caminhonete que dirigia, em alta velocidade, ter capotado em estrada da Colômbia.

Por sinal, notícias de impacto sobre ele eram recorrentes, algumas em páginas policiais. Ao ser acusado de lavagem de dinheiro e associação ao narcotraficante Pablo Rayo Montaño, em 2007, foi executado pela Justiça do Panamá e ficou preso na capital paulista por quatro meses. Em 2015, o nome dele constou na lista de procurados pela Interpol, porém um ano depois acabou absolvido das acusações.

A chegada ao Palmeiras deu-se em 1993, procedente do futebol da Colômbia, como meia de fácil chegada à meta adversária. Logo, despertou interesse do Nápoli (ITA), onde disputou 28 partidas e sete sete gols na temporada 1994/95, mas a experiência a seguir no Real Madrid (ESP) foi curta e desanimadora, ao denunciar racismo.

Foi quando o Palmeiras o repatriou, e de lá seguiu para o Corinthians, quando o tema racismo voltou às manchetes, ao alegar ter sido atingido pelo então palmeirense Paulo Nunes, ocasião em que a desforra foi cuspir no rosto do desafeto, assim como se insurgiu contra companheiros de clube, no Timão, ao sair no braço com o atacante Mirandinha, e encrenca feia com o então meia Marcelinho Carioca, período em que já havia sido remanejado à função de volante, pois além da técnica para valorizar a saída de bola era guerreiro na marcação.

Ainda no Corinthians, participou do primeiro título do Mundial de Clubes em 2000, para na sequência atuar em Santos, Cruzeiro e novamente Corinthians em 2004, aos 37 anos de idade, em passagem que nada fez lembrar o atleta de três Copas do Mundo pela seleção colombiana, a começar em 1990, na Itália, quando marcou o gol do empate por 1 a 1 com a Alemanha Ocidental. Depois, a marcante atuação na surpreendente goleada sobre a Argentina por 5 a 0, em Buenos Aires, pelas Eliminatórias ao Mundial de 1994. E também a Copa da França, em 1998.

Rincón ainda tentou engatar carreira de treinador, porém sem sucesso nas passagens por Iraty (PR), São Bento, São José (SP), Corinthians sub-20 e Flamengo (SP).

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