domingo, 21 de novembro de 2021

Fratura na perna travou carreira de Mirandinha

 Pelo menos três atletas identificados como Mirandinha fizeram sucesso no futebol. O último deles integrou aquele Corinthians campeão paulista de 1997, ao formar dupla de ataque com Donizete. O segundo chegou à Ponte Preta raptado do Ferroviário (CE) em 1976, e se destacou em Palmeiras e Botafogo (RJ) nos anos 80. O primeiro ficou marcado pela fratura de perna flagrada pelo fotógrafo Domício Pinheiros, do jornal Estadão.

Pois este último Mirandinha - no São Paulo - sofreu grave lesão em jogo contra o América de Rio Preto (SP), numa disputa de bola com o zagueiro Baldini, dia 24 de novembro de 1974, no Estádio Mário Alves de Mendonça. Na ocasião sofreu fratura dupla na tíbia, com risco até de amputação da perna, após avaliação de uma junta de 17 médicos.

A salvação foi o ortopedista Bartolomeu Bartolomei, do Hospital São Lucas, em São Paulo, que apostou na primeira das sete cirurgias que o atleta se submeteu, com enxertos ósseos de pedaços espalhados na perna. Assim, o processo de recuperação para retirada do gesso foi de dois anos e meio, mas ficou parado durante três anos, ocasião em que o São Paulo pagou todos os seus salários.

Na sequência, foi jogar no Tampa Bay Rowdies (EUA). E antes do retorno ao Brasil, jogou no Tigres do México. Seus últimos clubes foram Atlético Goianiense, Taubaté, ABC (RN), Guará, Douradense, União Mogi, Saad, Independente de Limeira e Ginásio Pinhalense em 1985.

Sebastião Miranda da Silva, o Mirandinha, natural de Bebedouro (SP), nascido em fevereiro de 1952, ficou conhecido como centroavante raçudo, veloz e que fazia gols na proporção que igualmente perdia. Começou a carreira no América (SP) em 1968, transferindo-se ao Corinthians dois anos depois, em equipe base formada por Sidney Poly; Miranda, Almeida, Vagner e Pedrinho; Tião e Rivellino; Paulo Borges, Samarone, Mirandinha e Aladim.

A chegada ao São Paulo deu-se em 1973, onde vivia a melhor fase da carreira até a grave lesão, quando foi substituído por Serginho Chulapa. À época, Mirandinha foi ganhador da Bola de Prata da revista Placar e convocado às pressas à Copa do Mundo de 1974, no lugar do volante Clodoaldo.

Após encerramento da carreira, Mirandinha foi técnico do CENE, do Mato Grosso do Sul, trabalhou nas categorias de base do Corinthians e escolinhas de futebol da Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo.

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