segunda-feira, 12 de abril de 2021

Ademir da Guia chega aos 79 anos de idade

 O três de abril passado marcou o 79º aniversário de idade do melhor meia de todos os tempos da S.E. Palmeiras: Ademir da Guia, que pelo menos até quatro anos atrás ainda participava de jogos do time de máster do Verdão e de ex-atletas veteranos pelo Brasil afora, enquanto nesta faixa etária são incontáveis as pessoas na dependência de uma bengala para se locomoverem.

 A história de Ademir da Guia começou a ser contada no início da década de 60, no então ‘respeitado’ Bangu, do Rio de Janeiro, sendo posteriormente liberado ao Palmeiras. Ele herdou o estilo clássico de seu saudoso pai Domingos da Guia, um zagueiro que ao desarmar adversário aplicava drible com categoria, antes do passe. De vez em quando ele até cometia a imprudência de aplicar chapéu em sua própria área.

 Ambos tiveram passagens pela Seleção Brasileira, mas Ademir só foi relacionado para a Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, quando jogou apenas 66 minutos contra Polônia, pois o titular da posição era Rivelino. Assim, sua história ficou cravada no Palmeiras a partir de 1961, com responsabilidade de substituir o gaúcho Chinesinho, negociado à Fiorentina, da Itália.

 Após período de seis meses de adaptação, Ademir pôde mostrar toques precisos, organização de jogadas, tabelinhas e muitos gols. Foi recordista de partidas no clube, com 901 durante 16 anos. Nos jardins do Parque Antártica foi erguido um busto em sua homenagem.

 Ele colecionou cinco títulos paulistas e o bicampeonato brasileiro. Formou com o volante Dudu uma dupla de meio de campo que se completava. Dudu, um carrapato na marcação, sabia fazer a bola passar pelos pés de Ademir antes de chegar ao ataque.

 Quando as pernas ficaram cansadas, bem que Ademir tentou ser treinador, mas logo percebeu que não levava jeito para ser comandante. Melhor assim. Seus admiradores ficaram com a imagem irretocável dele enquanto jogador.

 Ele foi juiz classista do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo, no Tribunal Regional do Trabalho, ocasião em que pegou gosto pela política e foi eleito vereador da cidade de São Paulo pela legenda do PCdoB, migrando posteriormente para o PR.

 Funcionários de seu antigo gabinete o acusaram em 2005 de apropriação indébita de R$ 15 mil dos respectivos salários, fato que ganhou manchetes de jornais. Ademir negou a versão.

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