segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Adeus ao treinador Lula Pereira

Lula Pereira foi o sétimo treinador de futebol, com passagens pelo interior paulista, que morreu no período de um ano. O falecimento dele ocorreu em Fortaleza (CE) neste sete de fevereiro, decorrente de saúde debilitada após ter sido vítima de um AVC (acidente vascular cerebral) em 2019. Luiz Carlos Bezerra Pereira, pernambucano de 64 anos de idade, teve trajetória no futebol como jogador, técnico e dirigente esportivo.

Enquanto atleta, acusou passagens por Sport Recife, Ceará e Santa Cruz. A função de treinador foi exercida em dezenas de clubes no período de 1988 a 2012, com títulos estaduais conquistados no América Mineiro, Figueirense, Ceará e em três clubes paulistas: Rio Branco de Americana, União São João de Araras e Botafogo de Ribeirão Preto. Ele ficou desempregado durante quatro anos, voltando ao meio como dirigente esportivo do Ferroviário (CE) em 2016.

Quando começou a dirigir equipes de futebol, Lula Pereira foi um dos raros treinadores negros, para na sequência se observar, indistintamente, abertura de espaço para todas as raças. Apesar dos títulos conquistados, o perfil dele foi de profissional motivador de elenco e psicologia para ajudar atletas em soluções de problemas internos e fora de campo.

Seria exagero rotulá-lo como treinador estrategista ou quem achava alternativas mais viáveis nas montagens de equipes. Isso ficou devidamente demonstrado na curta passagem pelo Guarani, quando foi demitido. Apesar disso, chegou a ser contratado para comandar o Flamengo em 2002, mas não suportou resultados desastrosos e acabou desligado do clube.

Por isso apenas se encaixou no bordão criado pelo falecido treinador Eli Carlos, de que 'o certo é aquilo que dá certo no futebol”. Eli foi auxiliar técnico e comandante no Guarani, clube em que também exerceu a função de supervisor e posteriormente migrou-se a grupos que atuam como empresários no futebol. Os outros cinco treinadores falecidos em um ano, com andanças pelo futebol paulista, foram José Luiz Carbone, pouco antes da virada do ano passado; Marcelo Veiga, vítima de Covid-19; Luiz Carlos Ferreira, o Ferreirão; Oswaldo Alvares, o Vadão, e Flamarion.

Coincidência ou não, todos tiveram passagens pelo Guarani, sendo que Carbone dirigiu a equipe que chegou à final do Paulistão de 1988, e ficou com o vice-campeonato na disputa com o Corinthians.


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