domingo, 17 de fevereiro de 2019

Oito anos sem o ponteiro Catê


 Faz parte da cultura brasileira se abreviar prenomes das pessoas para identificá-las. Leonardo é Léo. Cristina é Cris. E por aí vai. Foge do convencional um atleta de categoria de base reputado como de categoria ser apelidado por ‘Catê’. Pois assim passou a ser reconhecido o saudoso Marco Antonio Lemos Tozzi, ponteiro-direito ganhador de títulos no São Paulo na década de 90, uma espécie de reserva de luxo nas memoráveis equipes que o clube montava.

 Catê morreu aos 38 anos de idade, em dezembro de 2011, em acidente de veículos na Rodovia ERS 122, em Ipê (RS). Chovia na ocasião em que ele perdeu o controle do Fiat Uno que dirigia, em uma curva. Desgovernado, o veículo ficou com a dianteira destruída após choque contra caminhão Scania, conduzido no sentido oposto.

 Gaúcho de Cruz Alva e revelado pelo Guarany do mesmo estado, Catê ganhou notoriedade na transferência ao São Paulo em 1992, mas como ‘brigar’ pela titularidade num time com atacantes do nível de Muller e Palhinha, naquele time treinado por pelo saudoso Telê Santana? Quando sobrava brecha para iniciar partidas, ele se encaixava nesse time: Zetti; Vitor, Adilson, Válber e Marcos Adriano; Pintado, Cerezo, Raí e Palhinha; Catê e Muller.

 Com sobra de jogadores qualificados, coube ao São Paulo ‘canchar’ jovens revelações no expressinho comandado pelo treinador Muricy Ramalho. Assim, Catê se juntou a Juninho Paulista, Rogério Ceni e Elivélton, assim como integrou o selecionado brasileiro sub20 no Sul Americano de 1992.

 O empréstimo ao Cruzeiro dois anos deu-lhe experiência singular como ala, numa época em que treinadorzada havia abolido os chamados ponteiros, menos Nelinho, que treinava o clube mineiro, que havia sido lateral-direito de sucesso no clube décadas passadas. Aí, com a troca de comando para o saudoso Ênio Andrade, Catê voltou a ser opção entre reservas.

 Depois disso o futebol veloz e de habilidade dele passou a ser reconhecido na volta ao São Paulo, e carreira internacional nos chilenos Universidad Católica e Palestino, Sampdória (ITA), New England Revolution (EUA), Maracaibo (VEN), até percorrer a estrada da volta em clubes de menor expressão até 2008.

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