segunda-feira, 14 de março de 2016

Chute forte marcou a carreira de Célio Silva

 O que não faz um chute forte na carreira de um jogador de futebol! Pois Vagno Célio do Nascimento Silva, nascido em Miracema (RJ) em 1968, foi um zagueiro-central apenas razoável e, apesar disso, vestiu camisas de Vasco, Inter (RS), Corinthians, Flamengo, Atlético Mineiro e Seleção Brasileira. Ele também marcou passagens por clubes do exterior como Universidad Católica do Chile e Caen da França.
 A forte potência nos chutes em cobranças de falta criava temor para adversários ficarem na carreira. Num dos treinos do Corinthians, o zagueiro Cris levou bolada à queima-roupa e ficou com a marca da bola uns 20 dias, contou Célio Silva: “O Cris era branco demais, e na hora que ele levantava o shorts a gente via até os gomos da bola que estavam marcados na perna dele”, revelou em entrevista ao portal UOL.
 O ex-meia Marcelinho Carioca, quando jogava contra, recusava-se ficar na barreira quando o zagueiro ajeitava a bola em cobrança de falta, pois sabia que o alvo era sempre a barreira. “Se a bola passasse ficaria para o goleiro ou entraria”, contou Célio Silva, que não nega o prazer ao acertar bolada na barreira.
 Justamente aquele chute forte serviu para despertar interesse do Vasco em 1988, quando o atleta surgiu no Americano de Campos (RJ). Depois a transferência para o Inter (RS), que culminou com o título da Copa do Brasil em 1992, e a experiência internacional no Caen da França, que apostou no chute que aterrorizava goleiros.
 Como os franceses constataram que apenas o chute forte era insuficiente, que precisavam de zagueiro de regularidade, buscaram outra opção. Foi aí que o Corinthians entrou no circuito para trazer Célio Silva em 1994, e lá ele ficou quatro anos, disputou 157 jogos, com 73 vitórias, 45 empates e 39 derrotas. E passou boa parte daquele período formando dupla com o quarto-zagueiro Henrique.
 Em 1995, na conquista de novo título da Copa do Brasil com a vitória corintiana por 1 a 0 sobre o Grêmio, no Estádio Olímpico, o time dirigido pelo treinador Eduardo Amorim tinha esses jogadores: Ronaldo; André Santos (Vitor), Célio Silva, Henrique e Silvinho; Zé Elias, Bernardo, Souza e Marcelinho Carioca; Viola e Marques (Tupãzinho). Depois mais dois títulos paulista: 1995 e 1997.
 Com a chegada de Vanderlei Luxemburgo ao Timão em 1988, foi dispensado. Aí transferiu-se provisoriamente ao Goiás, visto que Flamengo e Galo (MG) optaram por levá-lo em seguida. Por fim, um histórico de 19 gols pró e quatro contra na carreira.

 De 2009 a 2012 Célio Silva tentou investir na função de treinador em equipes do Espírito Santo, Paraná e juniores de Paulista de Jundiaí e Noroeste, sem que prosperasse. Assim, canalizou sua participação no futebol apenas em projeto social para jovens do Esperança Esporte Clube, no bairro da Mooca em São Paulo, onde reside e é dono de uma funilaria.

Nenhum comentário: