terça-feira, 20 de julho de 2010

Di Stefano, ídolo mundial

Ainda em festa pela conquista inédita da Copa do Mundo da África do Sul, a Espanha reconta histórias de seus ídolos imortalizados, um deles Alfredo di Stefano Laulhe, centroavante categorizado e goleador entre os anos 40 até 1966. Ele fez história no Real Madrid, e sua grande frustração foi não ter disputado uma Copa do Mundo. No ápice da carreira ficou de fora do Mundial de 1962, no Chile, por causa de uma lesão muscular na perna.
Com currículo recheado de glórias, foi inserido na galeria dos principais jogadores do planeta de todos os tempos. Segundo a revista France Football, da França, só foi superado por Pelé, Maradona e o holandês Johan Cruyff. Isso o credencia a opinar sobre temas polêmicos, com grande repercussão na mídia européia.
Antes de completar 84 anos de idade, dia 4 de julho passado, Di Stefano pediu aos jogadores espanhóis que o presenteassem com o título do Mundial no continente africano, e o sonho se tornou realidade. Também fez questão de isentar o meia argentino Messi da responsabilidade de decidir partidas, embora o considere o melhor jogador de futebol do mundo na atualidade. Mesmo na fase de ‘oba-oba’ aos argentinos, alertava sobre deficiências do conjunto, transferindo culpa ao técnico Maradona, também considerado prepotente.
Apesar dessas restrições, reafirma opinião de 2008 quando o considerou o melhor jogador de futebol do mundo de todos os tempos, polemizando com a maioria dos desportistas que elegeu Pelé como inigualável.
Di Stefano justifica que Maradona ganhou o Mundial de 1986 no México, para a seleção Argentina, jogando em uma equipe apenas razoável, enquanto Pelé atuou em companhia de craques. “Quando alguém está ao lado de bons jogadores seu futebol cresce. É o caso de Pelé”, compara.
Também o jornal inglês ‘The Time’ colocou Maradona no pedestal no ranking dos dez mais de todos os tempos em Copas. Pelé ficou logo atrás, apesar do retrospecto de 1.284 gols marcados ao longo da carreira de 1.375 jogos. Em terceiro vem o alemão Franz Beckenbauer. E o outro brasileiro da relação é o atacante Ronaldo em oitavo lugar.
Controvérsia a parte, Di Stefano, filho de imigrantes italianos, surgiu por acaso no futebol. Nascido na Argentina, quando tinha 17 anos de idade foi chamado para completar um time de bairro e marcou três gols. Em 1945 encantou torcedores do River Plate. Dois anos depois integrou o selecionado argentino. Na sequência fez sucesso no Milionário da Colômbia, ocasião em que integrou a seleção de futebol daquele país, num período em que os colombianos foram banidos de competições no âmbito da Fifa.
Em 1952, Real Madrid e Barcelona brigaram pela compra do passe dele. O impasse só foi equacionado num acordo para que alternasse uma temporada para cada clube durante quatro anos. Naturalizado espanhol, vestiu a camisa da seleção do país a partir de 1957, totalizando 31 jogos e 23 gols. Depois foi bem sucedido como treinador.

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