Por Élcio Paiola (interino)
Pra quem esqueceu, convém lembrar que o ex-palmeirense e ex-vascaíno Pedrinho foi reserva do ex-flamenguista Júnior na lateral-esquerda da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Pedrinho foi jogador de estilo vigoroso quer na marcação, quer nas investidas ao ataque. Fazia jogadas de fundo, como também tinha habilidade para fechar em diagonal e finalizar.
Pedro Luiz Vicençate, o Pedrinho, natural de Santo André (SP), completou 47 anos de idade em outubro passado. Após se destacar na Copa São Paulo de Futebol Júnior no Palmeiras, firmou-se como titular da equipe principal em 1978, e foi um dos destaques da equipe dirigida pelo carioca Jorge Vieira no Campeonato Brasileiro, surpreendida pelo Guarani na fase final com duas derrotas por 1 a 0: a primeira no Estádio do Morumbi, em São Paulo, e a segunda no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas.
No jogo da capital paulista, o goleiro Emerson Leão agrediu o atacante Careca e foi expulso de campo. O time palmeirense jogou com Leão; Rosemiro, Alfredo Mostarda, Marinho (Zé Mário) e Pedrinho; Jair Gonçalves, Toninho Vanuzza e Jorge Mendonça; Sílvio (Escurinho), Toninho e Nei.
Na segunda partida, com a suspensão de Leão, o goleiro foi Gilmar. A dupla de zaga voltou a ser formada por Beto Fuscão e Alfredo Mostarda. Ivo retornou à função de volante no lugar de Jair Gonçalves e Escurinho foi fixado no comando do ataque.
Evidente que o time palmeirense foi alvo de uma saraivada de críticas ao permitir que pela primeira vez um time do interior do País sagrasse campeão brasileiro, caso do Guarani. Pedrinho saiu incólume daquela tragédia e a sua regularidade resultou na chegada à Seleção Brasileira. Ele estreou no jogo amistoso contra a Bolívia em 26 de julho de 1979, na derrota por 2 a 1, com o gol de honra do atacante Roberto Dinamite. Os dois gols dos bolivianos foram marcados por Aragones.
Naquela partida, Júnior teve de ser deslocado da lateral-esquerda para a direita, possibilitando a entrada de Pedrinho no time. O Brasil jogou com Leão; Júnior, Oscar, Amaral e Pedrinho; Batista, Paulo César Carpeggiani e Renato (Zenon); Nilton Batata, Roberto Dinamite e Zé Sérgio (Juari).
Constam nos arquivos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) que Pedrinho participou de 16 partidas com a camisa da Seleção Brasileira e marcou um gol na goleada sobre Portugal por 4 a 0, em 1983. Ainda naquele ano, foi convocado pela última vez no empate com a Suécia em 3 a 3, em jogo disputado na cidade sueca de Gotoborg, com gols de Márcio Rossini, Careca e Jorginho. O time brasileiro atuou com Leão; Edson Abobrão, Márcio Rossini, Toninho Carlos (Luisinho) e Pedrinho; Batista, Sócrates, Paulo Isidoro e Éder; Careca e João Paulo (Jorginho). O técnico foi Carlos Alberto Parreira.
No Palmeiras, a trajetória de Pedrinho se estendeu até 1981. No ano seguinte transferiu-se para o Vasco e comemorou o título do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro. E, em meados de 1983, foi jogar no Catânia, da Itália.
O retorno ao Vasco deu-se em 1986. Um ano depois comemorou novamente o título estadual, e terminou aquela temporada defendendo o Bangu, onde encerrou a carreira de jogador em 1988.
Comunicativo e culto, Pedrinho poderia se enveredar para as funções de treinador ou supervisor de clubes, mas se transformou em empresário de jogadores, com carteira de agente Fifa.
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