domingo, 27 de abril de 2025

Paulo Nunes, bom de bola e extrovertido

Hoje, uma enxurrada de ex-jogadores encaminha nova empreitada no futebol na função de comentarista. Se a maioria não se expressa com facilidade sobre os fatos, o goiano e ex-ponteiro-direito Arilson de Paula Nunes, o laureado Paulo Nunes, é diferente.

Da carreira iniciada no Flamengo em 1990, em parceria com o meia Djalminha e o meia-atacante Marcelinho Carioca, teve prosseguimento no Grêmio cinco anos depois, onde atingiu o auge na carreira no triênio que lá esteve, com conquistas de títulos do Gauchão, Brasileirão, Copa do Brasil, Recopa e Libertadores, ocasião que abastecia o centroavante Jardel nas assistências.

As passagens subsequentes por Benfica (POR), Palmeiras, Corinthians, Gama (DF), Al Nassr (ARA) e Mogi Mirim permitiram convivência com seletos treinadores no ramo, e coube-lhe filtrar as estratégias tática de cada um deles, para pleno discernimento das movimentações dos jogadores.

No exercício da função de analista, mostra sabedoria para críticas a jogadores e treinadores. Jamais se furta daquilo que ocorre, mas tem habilidade para evitar agressividade. Assim, na nata dos analistas de televisão do Grupo Globo, ano passado foi sondado por três emissoras concorrentes para trocas de ares, uma delas a TV Bandeirantes, mas optou pela permanência, onde se diverte com o apresentador Lucas Gutierrez no programa esportivo 'Segue o Jogo', após as jornadas esportivas das noites de quartas-feiras.

Lá ele coloca em prática o seu característico bom humor - marcante dos tempos de atleta - quando ficou conhecido como 'Diabo Loiro', pela forma debochada como comemorava os seus gols, fazendo uso de máscaras e danças.

Do Grêmio foi para o Benfica de Portugal, em passagem marcada por lesões e desavença com companheiros, o que implicou em retorno ao Brasil e no Palmeiras, quando incontáveis vezes colocou o centroavante Oséas na cara do gol. E dali outra passagem pelo Grêmio, até aceitar a inoportuna ida ao Corinthians em 2001, quando desconsiderou a rivalidade dos tempos de Palmeiras e foi hostilizado com frequência por torcedores.

Aí, quando dirigentes do Flamengo cogitaram que voltasse ao clube, houve objeção do treinador da época Lula Pereira. Assim, foi para o Gama (DF), Arábia Saudita, e teve rendimento afetado por frequentes lesões no joelho, com carreira encerrada aos 32 anos de idade, no Mogi Mirim.


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