Dos trinta alunos do segundo ano do curso colegial, da Escola Estadual José Vilagelin Neto, em Campinas, cinco deles estavam vinculados ao Guarani e Ponte Preta. Curioso que enquanto estudantes eram amigos e até trocavam gostosas gargalhadas, mas de vez em quando transformavam-se em adversários nos tradicionais dérbis campineiros.
Daquela turma, quem mais se destacou foi o zagueiro Oscar Bernardes, da Ponte Preta, que tinha um Fusquinha branco e dava carona ao goleiro Carlos Ganso e volante Carlos Magno, no regresso aos alojamentos do Estádio Moisés Lucarelli.
Desciam, sentido Estádio Brinco de Ouro, o zagueiro Joãozinho - irmão do então lateral-esquerdo Bezerra - e o volante Carlos Magno. O início da carreira dele, João Rosa de Souza Filho, natural de Altair (SP), que em março vai completar 69 anos de idade, foi no juvenil bugrino, após breve estágio no Atlético Altair. As virtudes, como na antecipação a adversários e no jogo aéreo, serviram para ganhar espaço na equipe principal, onde chegou à formar dupla de zaga com o saudoso Amaral.
Em evidência, despertou interesse do Santos, que veio buscá-lo em 1977, aos 21 anos de idade, com estreia diante do Palmeiras, no empate por 1 a 1, ocasião que formava dupla com Neto e saboreou o título paulista em 1978, no grupo batizado de 'Meninos da Vila'.
Ainda no clube, ganhou a 'Bola de Prata' em 1980, como o melhor zagueiro do Campeonato Brasileiro. E lá permaneceu até 1983, com despedida na derrota para o Flamengo por 3 a 0, na decisão do Brasileirão, no Estádio Maracanã, com público de 155.523 pagantes. Na ocasião, o time comandado pelo treinador Chico Formiga tinha essa formação: Marola; Toninho Oliveira, Joãozinho, Toninho Carlos e Gilberto Sorriso; Toninho Silva, Pita e Paulo Isidoro; Camargo (Batistote), Serginho Chulapa e João Paulo.
Depois foi jogar no Sport Recife, Grêmio Maringá e Paulista de Jundiaí, onde encerrou a carreira em 1986. Houve até tentativa de ingresso na carreira de treinador, inicialmente nas categorias de base do Santos, marcada por ter descoberto o então meia Giovanni.
Em 1994 chegou a ser auxiliar-técnico de Serginho Chulapa na equipe principal, e depois o substituiu, com histórico de 51 partidas. Ele ainda passou por Caxias (RS), Portuguesa Santista, Paysandu, Remo e Botafogo de Ribeirão Preto, em 2003.
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