segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Emerson Sheik, auge da carreira foi no Corinthians

Sheik, o polêmico ex-atacante de grandes clubes do futebol brasileiro, nasceu Marcio Passos de Albuquerque, segundo registro de cartório Nova Iguaçu (RJ), em setembro de 1978, portanto 42 anos de idade. Sabe-se lá por quais motivos passou a ser identificado como Emerson quando se profissionalizou no São Paulo em 1998. E assim fez carreira de dez anos no Japão, Catar, Rennes da França e Al Ain dos Emirados Árabes, sempre com contratos milionários.

Foi quando cansou do mundo fora de suas raízes e resolveu bancar multa rescisória para retorno ao Brasil, abrigado inicialmente pelo Flamengo em 2009, quando o apelido de Sheik foi inevitável devido à naturalidade catariana, tendo inclusive participado de quatro jogos eliminatórios da Copa do Mundo de 2010 por aquele país.

Curioso que quando se transferiu ao Fluminense, no ano seguinte, acabou dispensado após acusação de ter cantado fank com referência ao Flamengo, em ônibus da delegação que transportava atletas a um jogo pela Libertadores na Argentina, versão que posteriormente provocou desmentido do então jogador: “A música fazia referência aos quatro principais clubes do Rio de Janeiro, e na roda havia mais gente cantando”.

Quem lucrou com a dispensa foi o Corinthians, que passou a contar com aquele guerreiro atacante de beirada de campo a partir de 2011, quando reeditou títulos do Campeonato Brasileiro conquistados em Flamengo e Fluminense. No Timão, foi funcional como garçom de artilheiros, além de seus golzinhos. Lógico que sequer imaginava que ali fosse atingir o ápice da carreira, com direito a gols decisivos na conquista do primeiro título da Libertadores do clube em 2012, sobre o Boca Junior, e posteriormente comemorar o Mundial de Clubes diante do Chelsea, além da Recopa Sul-Americana no ano seguinte. Aí já havia perdido espaço na equipe e optou por seguir carreira em Botafogo (RJ) e Ponte Preta, até o desejo de encerrá-la no próprio Corinthians em 2018, com histórico de 177 jogos e 28 gols.

Ainda no Corinthians teve aversão à experiência como diretor de futebol e preferiu o desligamento, com justificativa de que não leva jeito para a coisa. Sua prioridade é cuidar do Instituto Emerson Sheik, que programa a cada final de ano arrecadação de alimentos para doações, e tratar com carinho de sua macaquinha, alimentada com iogurte, ração e frutas.

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