segunda-feira, 17 de junho de 2024

Dez anos sem o lendário goleiro Oberdan

Palmeiras sempre foi clube marcado por goleiros de qualidade, três deles com marcantes passagens pela Seleção Brasileiro: Emerson Leão na década de 70; Marcos, nos anos 90 e início da primeira década do século; e o lendário Oberdan Cattani, lembrado neste 20 de junho como data que marca o décimo ano da morte dele, quando tinha 95 anos de idade, e registrou passagem pelo clube como absoluto na meta no período de 1941 a 1954, quando o distintivo era caracterizado apenas pelo P maiúsculo.

Se a regularidade levou Emerson Leão à Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970, foi titular absoluto nas edições de 1974 e 1978. Marcos Roberto Silveira Reis, o ovacionado Marcos, vindo da Lençoense, foi vinculado ao no clube a partir de 1992, e dez anos depois foi pentacampeão do selecionado em competição dividida entre Japão e Coréia do Sul.

Em 1942, Oberdan viu o então presidente da República do Brasil, Getúlio Vargas, exigir que o antigo Palestra trocasse de nome para Palmeiras, porque nosso país e Itália estiveram em lados opostos por ocasião da Segunda Guerra Mundial. À época ele já era reconhecido pela elasticidade e boa colocação, virtudes que o conduziram à Seleção Brasileira, no vice-campeonato Sul-Americano de 1945 - atrás da Argentina -, ao lado de renomados jogadores como os meias Zizinho e Jair da Rosa Pinto, o zagueiro Domingos da Guia e o centroavante Ademir de Menezes, o Queixada.

Oberdan foi reverência no Palmeiras, embora antigos conselheiros tenham torcido o nariz pelo fato dele ter optado pelo encerramento da carreira no Juventus. A justificativa pela troca foram críticas recebidas por torcedores do clube que o consideraram velho para se manter absoluto na posição.

Ele abriu a história de quatro inesquecíveis goleiros do Palmeiras. Em 1958 chegou ao clube o gaúcho Valdir Joaquim de Moraes, igualmente com virtudes de boa colocação e elasticidade. Não fosse isso jamais sobreviria no futebol com apenas 1,70m de altura, estatura jamais permitida para a posição na atualidade. Valdir, que jogou no Palmeiras até 1969, participou da era ‘Academia do Futebol’ entre 1964 e 1966, numa defesa formada por Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina e Ferrari. E quando encerrou a carreira de jogador criou a função de preparador de goleiros no próprio Palmeiras, nos anos 70.

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